“Temos neste momento um pacote financeiro com o valor global de 125 milhões de euros para podermos reforçar as nossas escolas, principalmente com recursos humanos”, avançou Tiago Brandão Rodrigues, durante uma audição regimental na Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto.
Segundo o ministro, o montante destina-se à contratação de professores, mas também de pessoal não docente e de técnicos especializados.
A contratação destes técnicos especializados, que incluem assistentes sociais, psicólogos e mediadores, faz parte de um programa de desenvolvimento pessoal, social e comunitário, que permita mitigar os problemas associados ao insucesso e ao abandono escolar.
Além do reforço das equipas docentes, que servirá sobretudo para facilitar o trabalho de recuperação das aprendizagens que não foram consolidadas durante o 3.º período, o ministro da Educação anunciou ainda o reforço do programa de apoio tutorial específico e do crédito horário disponível às escolas.
Em relação ao apoio tutorial, este programa será alargado ao ensino secundário e passará também a incluir um conjunto de alunos, identificados pelas equipas multidisciplinares de educação inclusiva, que não tenham tido um acompanhamento regular durante o 3.º período.
Já o crédito horário será reforçado, segundo a tutela, em mais de 25%, para que as escolas possam dedicar a apoios e coadjuvações, e que lhes permita também assegurar eventuais desdobramentos de turmas durante todo o ano letivo.
“As primeiras cinco semanas serão, particularmente, dedicadas à recuperação e consolidação das aprendizagens, permitindo superar um conjunto de eventuais lacunas resultantes das dificuldades de aprendizagem, mas serão suplementadas ao longo de todo o ano letivo com o reforço significativo do crédito horário e do apoio tutorial específico”, sublinhou o ministro.
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