A Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo assegurou hoje que as três maternidades existentes da região vão manter-se, até porque “a dispersão” do território “não permitiria que houvesse apenas um” desses serviços a funcionar.

 

“A dispersão territorial do Alentejo não permitiria que houvesse apenas uma maternidade a funcionar. Vamos continuar com a rede hospitalar que foi definida, em conjunto com as instituições”, afiançou hoje fonte da ARS.

 

O esclarecimento prestado pela ARS à agência Lusa surge depois de câmaras do Baixo Alentejo e a Ordem dos Médicos terem contestado o eventual fecho de serviços no hospital de Beja, como a maternidade.

 

Atualmente, existem três maternidades na região, nos hospitais de Évora, Beja e Portalegre, possuindo também o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, serviço Ginecologia e Obstetrícia, mas sem sala de partos.

 

Os receios manifestados hoje pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) e pela Ordem dos Médicos prendem-se com uma portaria do Governo, publicada em Diário da República, a 10 de abril.

 

A portaria classifica os hospitais em quatro grupos, segundo as responsabilidades, o quadro de valências e a área e a população servidas, podendo implicar, eventualmente, a perda de serviços em várias unidades hospitalares.

 

Segundo a CIMBAL e a Ordem dos Médicos, a cumprir-se a portaria, no caso da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, do Grupo I, o hospital de Serpa poderia “desaparecer” e o de Beja perderia especialidades, como o serviço de Ginecologia/Obstetrícia, passando os partos a ser assegurados pelo hospital de Évora.

 

Perante estes receios de autarcas e médicos, a ARS do Alentejo desdramatizou a situação e esclareceu que a portaria o que define são “especialidades básicas que devem existir em cada uma das regiões”, mas que “serão ajustadas em função das necessidades”.

 

No Alentejo, continuou a mesma fonte, “estas serão ajustadas ao plano que foi definido pela ARS e no qual está indicado um conjunto de especialidades estruturais que devem existir na região” e que “inclui as maternidades” e os serviços “de Ginecologia e Obstetrícia”.

 

A região do Alentejo conta com o Hospital do Espírito Santo de Évora e com três unidades locais de Saúde: Baixo Alentejo, que inclui os hospitais de Beja e de Serpa, Norte Alentejano, que integra os hospitais de Elvas e de Portalegre, e Litoral Alentejano, com o hospital em Santiago do Cacém.

 

Por Lusa