"A menina mais bonita do mundo" para dezenas de órgãos de comunicação internacionais é uma criança russa de seis anos apontada como a sucessora da francesa Thylane Lena-Rose Blondeu, que em 2011 foi considerada a mais bela do planeta Terra.

Anna Knyazeva é representada pela agência russa "President Kids Management" e já fez várias campanhas como modelo para marcas do seu país. A mãe da criança começou a publicar fotografias da criança em julho de 2015 quando a menina tinha apenas quatro anos. Hoje, a conta reúne mais de oito centenas de fotografias com milhares de comentários.

Alguns utilizadores comentam a beleza inquestionável da criança, mas outros enaltecem os riscos a que a menina de seis anos está exposta: "A prioridade de uma mãe e de um pai é de proteger o seu filho a todo o custo. Sabe que os pedófilos vêm o perfil da sua filha, certo?", questiona um internauta num comentário que espelha a opinião de centenas de outros utilizadores que escreveram mensagens semelhantes naquela conta do Instagram.

Anna Knyazeva é a mais provável sucessora de Thylane Blondeau que é hoje uma adolescente de 16 anos. Aos quatro, as suas imagens tornarem-se virais na internet e Thylane Blondeau tornou-se na modelo mais nova de sempre a aparecer na capa do suplemento Cadeaux da Vogue francesa. A jovem é hoje embaixadora da L'Óreal França, cara do novo perfume de Lolita Lempicka e tem desfilado em diversos certames de moda europeus.

Perigos da Internet

Um estudo realizado nos Estados Unidos revela que 40% das mães entre os 18 e os 34 anos criam perfis nas redes sociais para filhos com menos de um ano. Já um relatório da UNICEF alerta que oito em cada dez jovens de 18 anos reconhecem que as crianças e adolescentes correm risco de abuso sexual na internet e mais de metade acreditam que os amigos têm comportamentos arriscados.

Segundo o inquérito publicado no ano passado, 53% dos jovens inquiridos concordam firmemente que as crianças e adolescentes correm o risco de serem vítimas de abuso sexual ou de serem usados online.

Hoje, outro estudo da UNICEF, alerta que um terço dos utilizadores da internet no mundo são crianças, mas "muito pouco é feito" para as proteger dos perigos do mundo digital.