O mais recente estudo realizado pelo INE e pela Fundação Manuel dos Santos diz-nos que Portugal está entre os países da Europa com os mais baixos índices de fecundidade, e em 2012 foi o país com menos Índice Sintético de Fecundidade no conjunto dos 28 Estados-Membros.

No entanto, apesar do decréscimo da fecundidade conseguimos encontrar notícias animadoras: 21% das mulheres em idade fértil (entre os 18 e os 49 anos) e homens (entre os 19 e os 54 anos), pensam vir a ter filhos nos próximos 3 anos. A Associação das Famílias Numerosas fez as contas: “caso 21% desta população venha a ter um filho nos próximos 3 anos, o número total de nascimentos neste período estará próximo dos 500.000, cerca de 165.000 nascimentos por ano, o que representa o dobro do actual número de nascimentos”.

Desde os anos 80 que a natalidade em Portugal tem vindo a decrescer. Estes valores são inversamente proporcionais com a emancipação feminina. Há cada vez mais mulheres a terminar os estudos e a preferir um trabalho remunerado, ao invés de ficar em casa a tomar conta do marido e dos filhos… como as nossas mães e avós o fizeram na sua maioria.

O que é certo é que apesar do contexto económico que o país atravessa, não podemos culpabilizar a crise de tudo. Inúmeros casais decidiram ser pais porque um se viu desempregado e encontraram aí a sua janela de oportunidade. Desta equação adicionamos tempo e subtraímos as prestações do infantário, o resultado é tempo de qualidade entre filho e progenitor. Algo cada vez mais raro hoje em dia.

As mulheres que continuam a lutar por um lugar no mercado de trabalho quer por ambição, necessidade ou ambas e adiam cada vez mais a maternidade, têm de ter atenção que esta é uma das situações em que o tempo não perdoa. Se por um lado, são poucas as mulheres disponíveis para engravidar na casa dos 20, por outro lado, a percentagem de concepção a partir dos 30 tende a decrescer, tornando-se mais difícil conseguir engravidar.

• 30 anos: 75% dentro de um ano, 91% em 4 anos;
• 35 anos: 66% dentro de um ano, 84% em 4 anos;
• 40 anos: 44% dentro de um ano, 64% em 4 anos.

Nos últimos anos tem-se registado um número cada vez maior de gravidezes após os 35 anos. No entanto os riscos começam mais cedo, após os 30 anos é natural que as mulheres ovulem com menos frequência e estejam mais propícias a apresentar endometriose que pode provocar infertilidade.

Perante este cenário aconselhamos que após os 35 anos diminua o tempo entre as consultas ao ginecologista e o nível de stress na sua vida. É preciso ter presente que não é só a idade que conta, a sua saúde e bem-estar também, por isso antes de engravidar lembre-se que para o seu bebé nascer saudável, você também precisa de o estar.

Se após os 35 anos não tiver conseguido engravidar naturalmente nos primeiros 6 meses, procure aconselhamento no seu médico ou farmacêutico, e tente sempre manter a calma. Muitas vezes é apenas uma questão da Natureza fazer o seu trabalho, resta-nos apenas dar-lhe uma ajuda.

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