Hoje, no Agrupamento de Escolas D. Sancho II, em Alijó, os militares da GNR usaram uma laranja, um melão e uma pata de porco para exemplificarem aos estudantes os possíveis efeitos das brincadeiras com as designadas "bombas de Carnaval".
“Tentamos demonstrar, de uma forma prática, os efeitos que têm estes artigos”, afirmou o primeiro-sargento Pedro Feliciano, chefe da Equipa de Inativação de Engenhos explosivos do Comandando Territorial de Vila Real.
O objetivo da GNR, com estas ações, é consciencializar as crianças e jovens para “o perigo” que representa a “manipulação destes engenhos” que, por conterem explosivos, mesmo em pequenas quantidades, podem provocar graves lesões físicas, como por exemplo cortes, fraturas e queimaduras.
As partes do corpo humano mais afetadas são geralmente as mãos, os dedos, a cabeça, a face, os olhos e os ouvidos.
Foram cerca de 200 os estudantes dos 5.º e 6.º anos que participaram na iniciativa que decorreu em Alijó. Após algumas gargalhadas e uns pequenos sustos quando as bombinhas rebentaram, os alunos revelaram que aprenderam a lição.
“Vieram dizer-nos que nós não devemos brincar com bombinhas de Carnaval, que são muito perigosas e podemos ter ferimentos graves”, disse Angélico Loureiro, 11 anos.
A colega, Dora Correia, 12 anos, também reforçou a mensagem da GNR para “não usar as bombinhas porque é muito perigoso para a saúde e podem causar ferimentos muito graves”.
“Aprendi que não as devemos usar porque nos pode acontecer algo muito mau e aprendi que se nos disserem para as usarmos devemos recusar”, referiu a estudante.
Carlos Peixoto, diretor do Agrupamento de Escolas D. Sancho II, enalteceu a iniciativa da Guarda nesta época carnavalesca e em que os jovens às vezes têm “acesso indevidamente às bombas”.
“É importante sensibilizá-los e demonstrar que estão a lidar com materiais muito perigosos que podem feri-los (…). É também importante eles verem ao vivo as consequências de uma utilização indevida das bombas de Carnaval”, frisou.
Carlos Peixoto destacou que, através da pata de porco, "deu para perceber" os “danos” que podem ser provocados mesmo por “uma bomba de baixo calibre”.
O primeiro-sargento Pedro Feliciano disse que estas iniciativas “surtem efeito prático” e ajudam a reduzir os incidentes com este tipo de materiais.
O uso das “bombas de Carnaval” está associado a jovens que, depois, podem aliciar os mais novos.
“E estes ao aperceberem-se da gravidade já não têm tanta curiosidade em utilizar, porque já viram o efeito que tem. Ficam mais renitentes a utilizar este tipo de artigos e já não são tão facilmente convencidos pelos mais velhos”, referiu.
As ações de sensibilização estão a ser promovidas pela Secção de Prevenção Criminal e de Policiamento Comunitário de Peso da Régua da GNR e vão prolongar-se até ao dia 18 de fevereiro, passando pelos agrupamentos de escolas de Alijó, Sabrosa, Mesão Frio, Santa Marta de Penaguião e Régua.
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