“Esta obra não é competência direta da câmara, mas é obrigação da câmara”, disse o presidente do município, Eduardo Vítor Rodrigues, à margem da reunião do executivo.

A empreitada, que terá a duração de cerca de três meses, envolverá a realização de pinturas e a substituição das caixilharias e janelas, salientou.

Eduardo Vítor Rodrigues adiantou que propôs à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) para, em parceria, assumir as obras de requalificação da unidade materno infantil.

“A ARS-Norte aceitou, mas está a contactar a Câmara de Espinho para compartilhar os custos”, disse.

E acrescentou: “mas, se a Câmara de Espinho não quiser, nós [Câmara de Gaia] avançamos na mesma porque o centro hospitalar é uma prioridade”.

O autarca explicou que a Unidade Materno Infantil vive problemas, por isso, é uma “necessidade” valorizá-lo.

A título de exemplo, Eduardo Vítor Rodrigues frisou que as mulheres grávidas são acompanhadas ao longo dos nove meses no CHVNG/E, mas depois vão fazer o parto noutra unidade de saúde, fora do concelho, porque esta “não tem condições”.

No próximo mês de setembro, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia garantiu que vai lançar o procedimento concursal.

“Sempre disse que quando a câmara tivesse estabilidade financeira iria investir em obras inteligentes e esta é uma delas”, sustentou.

A comissão criada pelo anterior Governo para avaliar a Rede de Referenciação Hospitalar em Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, divulgada no final de maio no portal do Serviço Nacional da Saúde, proponha a desqualificação da unidade materno infantil do hospital de Gaia/Espinho.

Descontentes com esta situação, a Câmara de Vila Nova de Gaia e de Espinho recomendaram ao Governo PS para desconsiderar essa proposta.

A 08 de julho, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, revelou que o relatório apresentado pela comissão de avaliação da rede de referenciação hospitalar em saúde materna “não vai para a frente”.

“Esse é um tema que não é problema porque nada disso vai para a frente nesses termos. Nada disso vai acontecer”, garantiu o governante no final da apresentação do livro de comemoração dos 25 anos da Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho.

Quanto à proposta de desqualificação da unidade materno infantil do hospital de Gaia/Espinho, apresentada pela comissão, assegurou que “as coisas que estão como estão vão continuar no centro hospitalar de Vila Nova de Gaia”.

Também presente, o presidente do conselho de administração CHVNG/E, Silvério Cordeiro, disse que “à partida não vai haver problemas” e que aquela unidade de saúde irá manter a “diferenciação da materno infantil que sempre” teve.