A EPIS - Empresários pela Inclusão Social - anunciou hoje que vai investir 7,2 milhões de euros na recuperação de alunos em risco neste ano letivo, mais de metade face ao ano anterior, abrangendo 169 escolas públicas e 7.000 estudantes.

 

Segundo a associação, que tem como missão o combate ao insucesso e abandono escolar, o número de alunos apoiados pelos programas EPIS passará dos atuais 3.766 estudantes para cerca de 7.000 ao longo deste ano letivo.

 

“Este aumento decorre do crescimento acentuado do investimento total nos programas EPIS e que levará igualmente a um alargamento do número de escolas” que irão beneficiar do programa ‘Mediadores para o sucesso escolar’ que abrange os “alunos com maiores problemas de inclusão”, explica a associação em comunicado.

 

Também no decorrer do ano letivo 2014/15, o investimento total nos programas EPIS terá um aumento de mais de 50%, passando de 4,8 milhões de euros para 7,2 milhões de euros.

Ao todo, a EPIS vai estar presente em 169 escolas de todo o país, mais 100 face ao ano passado, refere a associação, que estima, com este alargamento, passar a apoiar 11% dos alunos com necessidade de intervenção.

 

Também o número de mediadores EPIS vai aumentar de 84 para 155 profissionais.

 

A associação explica que o programa EPIS “terá o seu maior alargamento de sempre”, em resultado de recentes protocolos assinados com o Ministério da Educação e Ciência e com os governos regionais dos Açores e da Madeira, bem como de novas parcerias autárquicas.

Agora também nas ilhas

Pela primeira vez desde que foram criados, os programas desta associação serão estendidos aos Açores e à Madeira.

 

De acordo com a associação, o Ministério da Educação e Ciência vai passará a alocar ao programa EPIS, este ano letivo, 50 professores em todo o país, triplicando o investimento face a 2013/14, o que para a associação “representa um reconhecimento do mérito da metodologia”.

 

Para o presidente da EPIS, Luís Palha da Silva, “o sucesso escolar é essencial para o desenvolvimento de qualquer sociedade”, considerando “insustentável o nível de abandono escolar precoce, que no ano passado se situou nos 19,2% em Portugal”.

 

O combate ao insucesso e abandono escolar promovido pela EPIS envolve mais de 100 empresas, que “acreditam no lucro social deste investimento na qualificação de alunos em risco”.

 

“No entanto, como tem vindo a acontecer, o investimento crescente do Ministério da Educação e Ciência, dos governos regionais e das autarquias é fundamental para aumentar a cobertura geográfica e dar maior escala ao impacte do trabalho da EPIS”, defende Luís Palha da Silva no comunicado.

 

A EPIS tem como objetivo promover a inclusão social em Portugal, através da capacitação das competências não cognitivas de crianças e jovens entre os seis e os 24 anos em contexto de debilidade socioeconómica.

 

Foi criada em 2006 por um grupo de empresários e gestores portugueses, sendo atualmente “o maior parceiro privado do Ministério da Educação no combate ao insucesso e abandono escolar”.

 

Desde o início dos seus programas, a EPIS acompanhou mais de 13 mil alunos.

 

Por Lusa