Um grupo de cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá, tem vindo a testar uma nova combinação de fármacos, a fim de garantir uma maior esperança de vida e cura a quase 20% das crianças que não respondem a tratamentos padrão contra tumores sólidos ou leucemia refratária ou recorrente (tipo de tumor que afeta as células do sangue).

O estudo de Fase I está a decorrer no Centro de Investigação Sainte-Justine daquela universidade e é o primeiro do mundo a envolver crianças com estas patologias. Atualmente, estão a ser testados 12 pacientes entre os 2 e os 20 anos de idade.

O ensaio pretende avaliar a eficácia da combinação da decitabina e genisteína - desenvolvida no Instituto Nacional de Pesquisa Científica canadiano – dois medicamentos que já são utilizados em regime de monoterapia no tratamento do cancro.

A ação combinada dos dois compostos permitirá impulsionar os tratamentos, reprogramando as células cancerígenas e travando a sua progressão. A abordagem terapêutica atua especificamente sobre alterações epigenéticas, como a hipermetilação do ADN, que é responsável por desligar a função de genes supressores de tumor.

Se os resultados da primeira fase se revelarem promissores e assim que a dose ótima for identificada, a equipa planeia avançar para um ensaio de fase II noutros centros de oncologia pediátrica no Canadá.

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