Em breve, todas as escolas do estado de Nova Iorque vão ensinar saúde mental como parte do programa de educação para a saúde. O objetivo é diminuir o estigma que rodeia a saúde mental, como explicou à NBC a comissária estadual para a educação, MaryEllen Elia, citada pelo DailyMail. Nova Iorque torna-se assim o primeiro estado norte-americano a incluir esta disciplina nos programas curriculares.
No quadro de uma nova lei, que entrou em vigor a 1 de julho, todos os alunos de infantários, escolas primárias e ensino secundário irão saber o que é a saúde mental nas aulas tradicionais de educação física e saúde. A medida destina-se a ajudar os alunos a entender melhor a importância do bem-estar emocional e psicológico e explicar-lhes quando devem procurar ajuda, seja para eles como para os outros.
As diretrizes que vão nortear os novos programas são dadas pelo conselho consultivo de educação de saúde mental do estado de Nova Iorque. Foram identificados nove pontos essenciais na mensagem a ser passada às crianças, entre eles, aprender a identificar sinais de problemas de saúde mental, conhecer os meios de apoio e ajudar a reduzir o estigma negativo que rodeia este tipo de doença.
De acordo com a Associação Americana para a Ansiedade e Depressão, 40 milhões de cidadãos com mais de dezoito anos são anualmente diagnosticados com transtornos relacionados com ansiedade. Quando se trata de crianças, os números são semelhantes mas, de alguma forma, ainda mais chocantes.
Segundo a Aliança Nacional da Doença Mental, cerca de 13 por cento das crianças e 21 por cento dos adolescentes registam transtornos mentais graves. No entanto, só pouco mais de metade dessas crianças receberam apoio dos serviços de saúde durante o ano passado.
A maioria das informações disponíveis sugere que cerca de metade das doenças mentais crónicas começam aos 14 anos.
Um novo estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado este mês, concluiu que um em cada três caloiros universitários sofre de distúrbios mentais.
“Quando os jovens percebem do que trata a saúde mental e entendem que este é um aspeto importante para a saúde e o bem-estar geral, têm mais probabilidade de reconhecer eficazmente sinais e sintomas de transtornos - em si e noutros - e pedir ajuda. Isto vai diminuir o estigma ligado à procura de apoio”, disse Elia.
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