"Se vão falar de estratégia para o envelhecimento ativo, onde estão os reformados", questionou a presidente da APRe!, Maria do Rosário Gama, sublinhando que não está presente nesse grupo de trabalho qualquer "organização de reformados".

A 17 de outubro, foi lançado um despacho com vista à criação de um grupo para apresentar uma proposta de estratégia nacional para o envelhecimento ativo, onde estarão representantes de entidades como a Segurança Social, a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, a Direção-Geral da Saúde, a Associação Nacional de Municípios Portugueses ou a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

Os participantes do grupo de trabalho "estão todos no ativo", constatou Maria do Rosário Gama, criticando o Governo por se dar "ao luxo de dispensar" as pessoas da faixa etária que serão afetadas ou beneficiadas pela estratégia a apresentar.

"Não é correto que ponham os reformados de fora do grupo de trabalho", já que estes têm de estar "no centro dos processos de decisão que afetam as suas vidas", frisou a responsável da APRe!, que falava durante a sessão de abertura da 1.ª Jornada do Observatório do Envelhecimento da associação.

Segundo Maria do Rosário Gama, a APRe! já contestou a decisão do Governo junto do grupo parlamentar do PS, salientando que ninguém tem tanta capacidade "para falar sobre o envelhecimento" como os reformados.

Durante o seu discurso, a presidente da associação defendeu ainda que "o envelhecimento tem que ser um projeto de vida de cada indivíduo".

O evento, que decorre durante o dia de hoje em Coimbra, conta com a presença de oradores de diversas áreas do saber que vão apresentar os seus contributos e propostas sobre o envelhecimento da população.