Embora a acne seja encarada como um fenómeno adolescente, os dermatologistas têm atendido um número cada vez maior de pré-adolescentes, uma nova realidade que muitos especialistas associam a uma tendência para o início mais precoce da puberdade.
Uma equipa de médicos definiu uma nova lista de recomendações de tratamento que esperam conduzir a um melhor padrão de cuidados apropriados para a idade em crianças a partir dos sete anos.
As diretrizes tratam de questões como quando devem ser usados cremes de venda livre ou usados medicamentos sujeitos a receita médica (incluindo antibióticos, retinoides e, em alguns casos de raparigas, terapia hormonal).
As diretrizes também apontam caminhos de como ajudar os jovens doentes a aderirem aos tratamentos e a lidarem com os efeitos emocionais da acne.
«Como o arranque inicial da puberdade está a ocorrer mais cedo do que no passado, precisamos definir as faixas etárias e as preocupações em relação aos diferentes grupos que compõem a acne pediátrica», disse Andrea Zaenglein, coautora das diretrizes e professora de Dermatologia Pediátrica no Hershey Medical Center da Penn State University, nos EUA.
Os autores apresentaram as suas recomendações, que foram aprovadas pela Academia Americana de Pediatria e publicada na revista Pediatrics, na recente reunião anual da Academia Americana de Dermatologia.
Os autores das diretrizes lembram que a acne pré-adolescente geralmente não é motivo para alarme e, tipicamente, envolve o aparecimento de borbulhas e pontos negros na região da testa, nariz e queixo. Lesões inflamatórias mais graves não são comumente observadas nestes doentes mais jovens e as cicatrizes – embora uma preocupação – são raras.
A equipa define acne pré-adolescente como casos que ocorrem em crianças entre os 7 e os 12 anos de idade.
Maria João Pratt
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