Cerca de 13% dos bebés nos Estados Unidos nascem prematuramente, ou seja, antes das 37 semanas de gestação. Cerca de um quarto destes nascimentos são intencionais, isto é, a equipa médica decide induzir o parto mais cedo ou realizar uma cesariana devido a um estado clínico grave como, por exemplo, pré-eclâmpsia grave ou em agravamento ou devido à paragem de crescimento do bebé. Os restantes são conhecidos como partos prematuros espontâneos. Poderá ter um parto prematuro espontâneo se, antes das 37 semanas, começar o trabalho de parto, tiver uma ruptura da bolsa ou se o colo do útero começar a dilatar sem contracções.

Apesar de serem conhecidos alguns factores de risco no que toca ao parto prematuro como, por exemplo, a presença de algumas infecções do tracto genital, problemas relacionados com a placenta ou o colo uterino incompetente, os médicos nem sempre sabem o que leva os bebés a nascer antes do termo.

P1. Quais são os sinais de parto prematuro?

Contacte de imediato o médico se sentir algum dos seguintes sintomas antes das 37 semanas:

• aumento do corrimento vaginal, especialmente se for aquoso, com uma aparência mucosa ou tiver sangue (mesmo que seja cor-de-rosa ou com apenas ligeiros vestígios de sangue)

• qualquer hemorragia ou pequenas perdas de sangue vaginais

• dores abdominais, dores de tipo menstrual ou mais do que quatro contracções no período de uma hora

• aumento da pressão na zona pélvica

• dores no fundo das costas, em particular se não tiver sofrido de dores de costas anteriormente.

Estes sintomas podem ser difíceis de interpretar porque alguns, como a pressão na zona pélvica e as dores de costas, ocorrem também durante uma gravidez normal e as contracções precoces podem ser as inofensivas contracções de Braxton Hicks. Mas é sempre melhor prevenir do que remediar, por isso contacte de imediato a parteira ou o médico.

P2. O que devo fazer se entrar em parto prematuro?

Se detectar sinais de parto prematuro ou se pensar que possa estar a perder líquido amniótico, contacte o seu médico, o qual lhe dirá provavelmente para se dirigir ao hospital para ser observada. Uma vez no hospital, a equipa médica irá monitorizar as suas contracções, observar o batimento cardíaco do bebé e examiná-la para ver se ocorreu a ruptura das membranas. Fazem uma análise à urina para verificar eventuais sinais de infecção e, possivelmente, farão uma cultura de células do colo do útero e da vagina. Poderão também fazer uma análise à fibronectina fetal. Este exame analisa o fluido cervical e vaginal para verificar a presença de uma proteína que ajuda o saco amniótico a ligar-se ao revestimento do útero. Entre a 24ª e a 34ª semana, níveis elevados de fibronectina fetal significam que esta “cola” está a desintegrar-se antes de tempo (devido a contracções ou a lesão no saco amniótico). Com a libertação precoce destas proteínas, existe um risco superior de parto prematuro. (Todavia, trata-se de um teste relativamente novo e nem todos os hospitais o fazem.)

P3. O bebé ficará bem se nascer antes de tempo?

Quanto mais o bebé se aproximar do nascimento de termo, maior a sua probabilidade de sobreviver e menor é a probabilidade de sofrer de problemas de saúde. Os bebés prematuros que nasçam entre a 34ª e a 37ª semana portam-se geralmente muito bem. Se iniciar o trabalho de parto antes das 34 semanas, a equipa médica poderá conseguir adiar o parto por alguns dias, de modo a administrar ao bebé corticosteróides que ajudem a um mais rápido desenvolvimento dos pulmões e outros órgãos. A partir das 24 semanas, o bebé pode sobreviver graças a progressos como o tratamento com esteróides, mas necessita de significativas intervenções médicas e uma permanência prolongada em unidades de cuidados intensivos para recém-nascidos.

SUGESTÃO

O melhor que pode fazer para prevenir um parto prematuro é evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas, consultar de imediato o médico ou parteira se detectar quaisquer sintomas ou problemas e não faltar a nenhuma consulta da gravidez.