A dor do parto é uma experiência humana tão antiga quanto a própria existência do homem. Ainda hoje, a dor é uma realidade inerente ao parto e, apesar de evitável, continua a ser vivenciada pelas mulheres que engravidam e dão à luz.
O conhecimento dos estímulos que provocam a dor, bem como dos seus mecanismos e das suas respostas, constitui a base fisiológica da analgesia farmacológica hoje aplicada no controlo da dor durante o trabalho de parto.
A intensidade da dor varia de parturiente para parturiente. A dor é uma experiência subjetiva onde se pode identificar comportamentos diferentes, que resulta numa resposta psíquica e reflete-se nas ações físicas.
Assim, a dor que a mulher sente durante o parto é única para cada mulher e é influenciada por vários fatores. A saber:
Preparação para o parto. Melhora as perspetivas e diminui a sensibilidade dolorosa e a ansiedade/medo.
Suporte durante o parto. É essencial o apoio emocional. O pai pode dar o seu apoio à mãe como progenitor, companheiro, amigo.
Genética intrínseca de cada pessoa - Há pacientes que dão à luz sem dor, como há pacientes que sentem uma dor muito intensa durante o parto. Tem a ver com o umbral da dor de cada paciente.
Cultura onde a parturiente se insere – Existem culturas em que o parto é visto como um acontecimento natural na vida de uma mulher, em que outras mulheres, e até crianças, estão presentes e auxiliam de forma calma e tranquila, demostrando naturalidade, deixando o corpo da mulher desempenhar o seu papel. Estas mulheres conseguem ter partos indolores ou pouco dolorosos.
Existem métodos farmacológicos (analgesia epidural e substâncias administradas via endovenosa) e métodos não farmacológicos (banho de imersão, massagem, hipnoterapia) no alívio da dor durante o trabalho de parto.
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Texto: Nélia Pereira, Médica Ginecologista/Obstetra, Centro Hospitalar da Cova da Beira
Edição: Ana Margarida Marques
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