Tosse, febre, nariz entupido, vómitos e diarreia são apenas alguns dos mais variados sinais e sintomas que acometem os pequenos pacientes.
Imediatamente é aquela correria aos hospitais e centros de saúde, de fato necessária pois apenas a consulta realizada pelo pediatra pode definir o tratamento a seguir.
Contudo, alguns conceitos podem servir para atenuar os sintomas e alertar para as boas práticas quando nos deparamos com uma criança doente.
Inicialmente é importante lembrar que a criança, nos primeiros anos de vida, devido a uma certa imaturidade do sistema imunológico, terá naturalmente um determinado número de infeções respiratórias que variam de 06 a 15 infeções por ano.
O detalhe é que a maioria dessas infeções é de origem viral e infeções virais na infância são autolimitadas, benignas e deverão ser tratadas sem o antibiótico.
Febre alta e constante, tosse com cansaço, vómitos que não cessam, diarreia profusa e prostração sugerem necessidade de avaliação imediata pelo pediatra e se o exame físico ou exames complementares detetarem provável presença de bactérias, aí sim o antibiótico deverá ser prescrito.
CRIANÇA
Sabemos que o uso irracional de antibióticos pode levar à resistência dos microrganismos, por isso, a venda desses medicamentos exige receita médica.
As viroses respiratórias agudas ou constipações, as laringites (que provocam rouquidão), e a gripe (quadros respiratórios com febre causado pelo vírus Influenza) muitas vezes são confundidas com infeções bacterianas.
Já as otites médias agudas, amigdalites bacterianas, sinusites e pneumonias são exemplos de doenças bacterianas.
Vómitos e diarreia foram citados, porque assim como a dor abdominal, são situações muito comuns que acompanham as doenças respiratórias do outono-inverno e deve iniciar-se precocemente o soro de reidratação oral nesses casos.
Por fim, é essencial manter os ambientes bem limpos e ventilados. Além disto, é aconselhável promover o aumento da ingestão de líquidos e a limpeza das narinas com soro fisiológico no início dos sintomas, bem como procurar o pediatra, de preferência no consultório, deixando os hospitais para os casos mais graves.

Autor: Ewaldo Mattos
Traduzido e adaptado à cultura portuguesa pela equipe da Rede Mãe
Fontes bibliográfias:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Retrieved from http://portal.anvisa.gov.br/
Jenson, R. E. M. ., Behrman, R. B. ., & Kliegman, H. (2009). Nelson: Tratado De Pediatria (18th ed.). Elsevier.