Suspeito da prática do crime de violência doméstica na pessoa de Bárbara Guimarães, o antigo ministro Manuel Maria Carrilho foi proibido pelo Tribunal de Instrução de Lisboa de se aproximar da ex-mulher.

Esta medida de coação, pedida pelo Ministério Público, foi tomada no âmbito de um processo por violência doméstica que a apresentadora da SIC moveu contra Carrilho e que ainda está na sua fase inicial.

No entendimento do juiz, verifica-se, em concreto, “o perigo de continuação da atividade criminosa” de Carrilho contra Bárbara, pelo que “urge pôr termo” a esse risco.

Assim, o antigo governante, de 62 anos, fica proibido de ter “contactos com a ofendida (Bárbara Guimarães), por qualquer meio”, e de “se aproximar e/ou entrar na residência/prédio” da apresentadora.

Ficam excluídas da proibição as ocasiões em que Manuel Maria Carrilho tiver de ir buscar ou levar os filhos do ex-casal (Diniz, de 10 anos, e Carlota, de 3) ou tratar de assuntos necessários “ao cumprimento do acordo relativo ao exercício das responsabilidades parentais”.

Carrilho, de 62 anos, já reagiu à decisão do Tribunal. Disse que se trata de um “procedimento normal neste tipo de queixas” e que “não tem qualquer consequência prática na sua vida”, porque, sublinhou, “não falo com a Bárbara desde o dia 12 de outubro nem pretendo falar”.

Recorde-se que a “guerra” Carrilho/Bárbara saltou para a praça pública em outubro passado, quando a apresentadora avançou com um pedido de divórcio litigioso, alegando ser vítima de violência doméstica por parte do seu então marido.

Carrilho, que sempre negou tais acusações, contra-atacou com um processo semelhante.

Os dois processos correm os seus termos nas instâncias judiciais, sendo que a queixa de Bárbara parece ter andado mais depressa.