Perante os últimos balanços, que apontam para mais de 12 mil mortes causadas pelo novo coronavírus, o Reino Unido fez prevalecer a generosidade e esperança neste tempo que será recordado como um dos mais trágicos da sua história. Tom Moore, um veterano de guerra de 99 anos, foi o responsável por este raio de luz em dias cinzentos.

A sua ideia inicial era desafiar os britânicos a angariarem 1.000 libras para o Serviço Nacional de Saúde. Em troca propunha-se, apoiado no seu andarilho, a realizar 100 vezes um circuito de 25 metros ao redor de casa.

A valentia de Moore sensibilizou de tal forma, que a doação atingiu os 17 milhões de libras e o desafio tem data marcada para 30 de abril.

O gesto instalou o espírito de solidariedade e foi sob esse mote que Kate Middleton e o príncipe William falaram ao país, através do programa BBC Breakfast, deixando um apelo sentido sobre a importância de conversar sobre a pandemia.

"As pessoas vão sentir-se irritadas, confusas, assustadas, é normal e faz parte do processo, mas não podemos subestimar a importância de entender e conversar com a nossa família e amigos sobre isto", afirmou a duquesa de Cambridge.

Por sua vez, William frisou que os profissionais do Serviço Nacional de Saúde "estão habituados a lidar com situações tristes", mas "a escala de velocidade" da atual pandemia vai afetar a sua saúde mental.

Para sustentar este apelo, o filho do príncipe Carlos deu como exemplo o facto dos médicos e enfermeiros verem morrer doentes que não estão rodeados da família.

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