Raquel Rocheta deu uma grande alegria ao ex-marido ao aparecer na apresentação do livro “Inocente Para Além de Qualquer Dúvida”, que Carlos Cruz lançou ontem, quarta-feira, no Teatro Vilarett, em Lisboa.

“Nós continuamos muito amigos” – disse ela a Sapofama. “Não só pela Mariana (filha de ambos) – acrescentou -, mas porque gostamos muito um do outro. E vou continuar a estar sempre ao lado do Carlos”.

De resto, o próprio Carlos Cruz fez questão de agradecer publicamente a presença da ex-mulher: “Uma prova, mais uma, de que continua incondicionalmente do meu lado e uma forma de calar todos os que tentam atribuir a nossa separação a uma mudança de certezas por parte da Raquel. A nossa separação foi um ato mútuo de respeito e solidariedade”, referiu o apresentador condenado a sete anos de cadeia no processo Casa Pia, um caso ainda em fase de recursos.

Discreta na plateia, como é seu timbre, Raquel falou-nos do impacto do processo em sua casa e, em particular, da forma como o então casal lidou com a filha Mariana, hoje com 9 anos.

“Fui eu quem contou tudo à Mariana. Primeiro com as palavras que ela podia perceber e agora, que está mais crescida, com as nossas palavras. Ela sabe perfeitamente de tudo aquilo que o pai é acusado. É uma miúda inteligente e com uma adoração fora do comum pelo pai”, disse Raquel.

Questionada sobre se alguma vez sentiu que de alguma forma a filha era discriminada ou marginalizada na escola, Raquel foi peremptória: “Tirando o caso da jornalista, cujo filho anda na mesma escola e que menciono no meu livro (‘Sozinha’), não, nunca senti qualquer tipo de discriminação. Muito pelo contrário. As professoras e auxiliares até a mimam mais e protegem porque sabem o que se passa”.

Finalmente, Raquel disse não “fazer ideia” das consequências que todo este processo terá no desenvolvimento da personalidade da sua menina: “Não sei. Aparentemente ela é uma garota equilibrada, tem uma família que a adora e é feliz. Mas o futuro é imprevisível. É inevitável que fique com algumas sequelas, mas tanto eu como o Carlos estamos muito atentos e temos esperança que ela não se torne uma pessoa amarga, que era tudo o que não queríamos para a nossa filha. Digo-lhe muitas vezes que ela tem imensa sorte. O pai e a mãe estão incondicionalmente com ela e são muito amigos, gostam muito um do outro. A Mariana nunca assistiu a discussões, nunca teve mau ambiente em casa. Espero que isto ajude. Vamos ver…”