Andrea Bocelli disse que se sentiu "humilhado e ofendido" pelas medidas impostas no país devido à pandemia do novo coronavírus.

"Eu não podia sair de casa, embora não tivesse cometido nenhum crime", disse o tenor italiano, considerando exageradas as regras adotadas perante a Covid-19.

Palavras que foram ditas numa conferência no Senado da Itália, na qual participaram políticos da oposição, incluindo Matteo Salvini, líder do partido da extrema direita.

Andrea Bocelli contou ainda que desobedeceu às regras impostas durante o confinamento "porque não achava certo ou saudável ficar em casa na sua idade".

"Tenho uma certa idade e preciso de sol e vitamina D", afirmou o cantor, de 61 anos, incentivando os cidadãos a "recusarem seguir as regras".

"Recusem-se a seguir as regras. Vamos ler livros, passeiem, conheçam-se, conversem, vamos dialogar", acrescentou.

Comentários que surpreendeu muitos cidadãos, uma vez que o cantor se tornou uma símbolo da unidade nacional no auge do confinamento. Aliás, recorde-se, no domingo de Páscoa, Bocelli cantou sozinho na Catedral de Milão, atuação que foi transmitida e ouvida um pouco por todo o mundo e que deixou muitos espectadores emocionados.

Entretanto, destaca-se, Bocelli afirmou que os seus comentários foram "mal interpretados", referindo que a sua fundação ajudou muitas pessoas que foram infetadas com o novo coronavírus.

Recorde-se ainda que o tenor revelou no passado mês de maio que testou positivo para a Covid-19 e que já recuperou da doença.