Dr. White vai ser o novo programa da SIC da sua inteira responsabilidade. White tem a ver com o branco dos dentes?
O nome surgiu em 2004 porque inicialmente criei clínicas de branqueamento dentário e o branco é sinónimo de dentes limpos. E o nome pegou.
Apesar de o Dr. Miguel Stanley ser médico dentista, a White não trata só os dentes, tem inúmeras especialidades médicas?
É uma equipa pluridisciplinar, não é uma pessoa e não é uma clínica. É um conceito onde reunimos todas as áreas da medicina do bem-estar: medicina dentária, a coluna vertebral porque a saúde começa pela boca, cirurgia plástica, dermatologia estética, nutrição, uma das minhas áreas favoritas, fitness, consultoria de imagem e psicologia clínica, entre outras.
No entanto, quando adota a marca White, corre o risco de perder a sua identidade?
É de propósito porque a White não é só uma clínica dentária. Estou a fazer a transição da clínica dentária Lapa onde eu trabalhava para estas magníficas instalações no Largo de Santos e estou a reunir a minha equipa toda.
Quantas pessoas trabalham consigo?
No total somos 45 pessoas, dos quais, 14 médicos dentistas, uma nutricionista, uma psicóloga clínica, quatro cirurgiões plásticos liderados pelo Dr. Tiago Batista Fernandes, uma dermatologista, cinco esteticistas, etc. Tudo para tornar as pessoas felizes.
É um verdadeiro trabalho de equipa?
Por isso fiz questão de remover o meu nome. Para se conseguir bons resultados, é fundamental uma visão pluridisciplinar. Pode-se dizer que sou o arquiteto, mas quem realmente faz o trabalho é a minha equipa.
Todos jovens. Também faz questão de ter colaboradores jovens?
Tenho pessoas entre os 25 e os 45 anos, e, nesta faixa etária, estamos no máximo da nossa acuidade mental, física e destreza manual, e não nos podemos esquecer que somos cirurgiões. Por outro lado, os jovens hoje têm acesso mais rápido à informação e adaptam-se mais facilmente a uma área da Medicina que está a mudar muito rapidamente.
Também é uma aposta no futuro?
Todos acreditamos no futuro e estou convencido de que vamos ser líderes durante muitas décadas. Tivemos muita paciência em formar esta equipa e agora estamos prontos para tudo.
Não está preocupado com a crise?
Claro que sim. A nossa indústria é muito cara mas não é à toa que temos tantas áreas e duas delas resistem à crise: a saúde oral e a nutrição, assim como a psicologia clínica que também é uma área forte, e a Dra. Catarina Castro Lopes é uma grande especialista em Psicologia Positiva e Gestão de Stress.
Os preços são acessíveis?
A White não aumenta os preços há três anos, apesar do investimento que foi feito nas novas instalações. Pelo contrário, temos promoções muito interessantes: quanto mais tratamentos as pessoas fizerem aqui, mais barato fica.
Isto porque todas as áreas pertencem ao mesmo grupo?
E esta é uma das estratégias anti-crise que nós temos. A outra é apostarmos na saúde e na excelência. Não somos uma clínica de elite, muito pelo contrário, atendemos sobretudo pessoas da classe média que decidem: “Já que vou gastar, vou gastar bem!”
Como é que nasce a ideia do programa da SIC, “Dr. White”?
Em 2005 fui o autor e o criador do “Dr. Preciso de Ajuda”. Desenvolvi o conceito a partir de todos os programas de Make Over que havia a nível internacional, escrevi-o para a televisão portuguesa e o José Eduardo Moniz agarrou na ideia e gravámos três séries.
Poucas pessoas sabem que foi o responsável do programa.
Trabalhei na TVI com a Gabriela Sobral e ficámos com uma relação profissional muito boa, assim como com a Júlia Pinheiro. São as duas pessoas que eu respeito mais em termos televisivos em Portugal porque se dizem, fazem! E eu também sou assim.
O “Dr. Preciso de Ajuda” foi um enorme sucesso!
Apesar de passar tarde, teve audiências inacreditáveis. O programa de estreia teve 43% de share. E, como deve estar lembrada, a medicina dentária foi a valência privilegiada, obviamente porque eu estava por trás do projecto. Todos os outros médicos foram convidados por mim.
Entretanto houve uma pausa de dois anos…
Parei para construir a White e escrever o meu livro, “Saúde no Caminho para a Felicidade”, já em segunda edição.
Como estão a correr as gravações do programa?
Já estamos a meio. A SIC deu-me tudo o que precisava: uma grande equipa de produção, porque o meu objectivo era produzir um programa espectacular que nunca tivesse sido feito não só em Portugal, como no mundo inteiro. É a primeira vez que se faz um programa de Make Over com cinco meses e meio de produção.
Vamos ver resultados espectaculares?
O melhor não são os resultados físicos, mas sim os resultados emocionais. Ou seja, Dr. White não é sobre beleza, é sobre felicidade.
As cirurgias plásticas também são feitas na White?
Fazemos no Hospital dos Lusíadas que entendo ser o melhor hospital do país em termos de instalações médicas. Como produtor executivo do programa, também me coube a decisão de escolher os nossos parceiros. Tenho imenso orgulho em fazer parte disto.
Vai ser o pivô do programa?
Sou. Foi uma decisão tomada em conjunto com a Gabriela Sobral e a Júlia Pinheiro.
Quantos pacientes vão ter no programa?
Inscreveram-se milhares de pessoas. Entrevistámos 200 e seleccionámos 52.
Que idades têm os candidatos?
A mais nova tem cinco anos. Tem uma doença rara que a obriga a levar uma transfusão de sangue semanalmente e tem a boca toda estragada. É filha de uma candidata, e, quando a vi, não resisti.
(Texto: Palmira Correia)
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