O astro do futebol argentino, o mesmo Armando Maradona que se confessa admirador de personalidades como Fidel Castro e Hugo Chávez, conseguiu pôr a comunidade judaica argentina em pé-de-guerra ao declarar publicamente a sua simpatia pelo Irão.
Maradona foi convidado a visitar o país que os americanos consideram uma ameaça à paz mundial e disse que estava ansioso por conhecer pessoalmente o presidente Ahmadineyad. "Já conheci Chávez e Fidel, e agora só me falta conhecer o presidente do Irão", disse Maradona a um jornal de Buenos Aires.
"Solidário de todo o coração" com o povo iraniano, Maradona lançou o desassossego entre a poderosa comunidade judaica, que se apressou a "lamentar" tais declarações da antiga estrela do futebol mundial. O presidente da AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), Eduardo Gorenberg, recordou que o regime iraniano foi o responsável por um atentado que provocou 85 mortos entre membros da comunidade judaica, em 1994, e pediu ao craque que rectificasse as suas declarações : "Somos admiradores de Maradona como futebolista e lamentamos muito a sua opinião num tema tão delicado como este."
Os líderes do colectivo judaico da Argentina, o segundo mais numeroso da América, tencionam convidar Maradona para uma reunião de esclarecimento.
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