"Faz hoje [dia 23 de junho] mais um ano sobre a data em que o meu pai deixou de estar entre nós". Foi com estas palavras que António Sala começou a publicação que fez no Instagram, onde lembra a data marcante.

"Partiu fisicamente, mas continua presente no meu coração", acrescentou de seguida na legenda de um retrato antigo da sua infância.

"Com esta foto em que estou ao seu colo, recordo o meu progenitor e tempos que já não voltam. Mas, o amor ao pai e à mãe, mesmo que já tenham partido há muito, não tem prazo de validade. É sempre um amor para nos marcar até ao final dos nossos dias. Um beijo de saudade e amor meu querido pai", completou.

De recordar que numa conversa com Manuel Luís Goucha no 'Conta-me', no ano passado, António Sala contou que só conheceu o pai "nos seus 20 e tal anos". "Porque foi assim a vida e a separação das pessoas e das coisas", acrescentou, referindo ainda que se cria um "vinculo diferente" quando se conhece o progenitor nesta idade.

"Durante anos tinha ouvido cobras e lagartos sobre o meu pai. [...] Comecei a perceber as coisas, e perante o que ouvia, disse que não queria conhecer [o meu pai] mas que se um dia viesse a conhecê-lo, iria dizer-lhe coisas muito amargas. E tinha pensado no que lhe iria dizer", recordou.

"Um dia fui ao norte numa atuação de um coro de igreja e quando termina a atuação, já estava tudo na rua, há um amigo meu no Porto que vem ter comigo e diz que gostava de me apresentar uma pessoa. [...] Quando me aproximo e a pessoa se vira, apercebi imediatamente que era o meu pai. Os ensaios que tinha feito durante anos e anos, que diria isto e aquilo... Ele sorri para mim, aproxima-se e diz: 'Perdoa-me, meu filho'. Foi fantástico. Criei uma relação extraordinária com o meu pai", relatou na altura da entrevista com Goucha, quando recordou o primeiro encontro com o pai.

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