A leitura da sentença está marcada para o próximo dia 16. Emanuel Monteiro, jornalista da TVI, acusa André Carvalho Ramos, outro dos jornalistas do canal de televisão de Queluz de Baixo, de o ter agredido por diversas vezes, durante e após o namoro, entre outubro de 2016 e maio de 2018. "Começou com um estalo e acabou com um espancamento dentro da minha própria casa. Foi no dia do meu aniversário. Estava sem telemóvel, trancado, impedido de fugir ou de pedir ajuda", relata a alegada vítima.
No despacho de acusação, a que a revista TV 7 Dias teve acesso e revela na edição desta semana, para além de mais pormenores são apresentadas fotografias das supostas agressões. "Na noite do aniversário do Emanuel, o André teve um ataque de ciúmes. Nessa altura, eles já não eram namorados e já não viviam na mesma casa, mas o André ainda tinha a chave de casa do Emanuel. Quando regressou a casa, o André estava lá dentro e deu-lhe uma tareia", confirmou fonte próxima do jornalista à publicação.
A acusação de violência doméstica, um crime público, partiu do Ministério Público, em dezembro de 2019, um ano e meio depois da publicação que Emanuel Monteiro fez nas redes sociais a relatar o(s) drama(s) que terá vivivo. "Ele apanhou a sério. Ficou com a boca a deitar sangue", garante a mesma fonte à TV 7 Dias. A revista mostra também as fotografias das marcas de agressões nas paredes que constam do processo e revela que o queixoso pediu uma indemnização ao antigo companheiro "na ordem dos 5.000 €".
"Eles não estão à espera que haja uma pena de prisão efetiva, até porque, segundo se sabe, o André não tem registo criminal. Esperam uma pena suspensa, uma multa ou a obrigatoriedade de frequentar o programa para agressores de violência doméstica", refere ainda a mesma fonte. "O meu cliente está sereno, sabe o que fez e o que não fez. Na minha perspetiva, o Ministério Público não provou todos os factos da acusação em julgamento", considera Pedro Barosa, advogado do jornalista André Carvalho Ramos.
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