João Montez aceitou o desafio e vai correr a sua primeira maratona já no próximo dia 4 de novembro, na Maratona do Porto.
Adepto de um estilo de vida saudável, o apresentador teve que alterar alguns dos seus hábitos diários, tanto na alimentação como nos treinos – para se preparar da melhor maneira para o desafio, uma vez que correr “não era de todo um coisa que fizesse diariamente. Aliás, “é das poucas coisas que não faz parte do seu treino habitual”. “O meu treino era mais de ginásio, de alta intensidade”, afirma.
A menos de um mês deste desafio, João Montez esteve à conversa com o Fama ao Minuto para falar sobre esta ‘aventura’.
Como é que surgiu o desafio de correr na Maratona do Porto?
O convite surge da relação que eu tenho com a marca desportiva ASICS, e eu acho que isto foi um bom timing. Há muito que opto por um estilo de vida muito saudável. O meu chip mudou há uns anos em que eu, antes disto, ia ao ginásio porque sim, e de há uns anos para cá a coisa mudou. Vejo este lado de boa forma física, exercício físico, aquela coisa de ‘mente sã, corpo são’, com uma seriedade que, se calhar, na altura não via. Quando o convite surgiu, soube logo desde início que era a primeira vez que acontece uma coisa destas com a marca em questão. Ou seja, no momento em que a marca apoia uma pessoa que não é um atleta de topo, de competição. Acima de tudo, acho que se trata de um reconhecimento da marca em relação a mim. Modéstia à parte, sei que tenho capacidades físicas para conseguir fazer uma maratona.
Quais os principais cuidados e hábitos que tem implementado na rotina para se preparar?
Foi traçado um plano com um preparador físico logo desde o início. Comecei a preparar-me nos finais de agosto, início de setembro. O que ficou traçado desde o início era que teríamos que ter aqui algum rigor nos treinos em que faço, portanto, acabo por correr quase todos os dias - sendo que tenho um dia de descanso por semana. Tento conciliar o treino de longa distância, sendo que nesta altura eu já deveria de estar a correr distâncias maiores, e não o faço por incapacidade física, mas por falta de tempo. Esse tem sido o maior obstáculo até então. É um treino que mete, claro, muita corrida diária, mas também mete um lado mais complementar que é o treino de reforço muscular, feito no ginásio.
De que forma é que a atividade física pode influênciar a vida de uma pessoa?
É mesmo voltar à tal frase: ‘Mente sã, corpo são’. Cada vez acredito mais que isto é verdade. Isto traduz-se em grande parte em saúde, no melhoramento de qualidade de vida da pessoa em questão. Muitas vezes acabamos por incluir o exercício físico por outras razões, razões essas que são sempre terciárias, mas muitas vezes acabam por ser primárias. Ou seja, eu vou a um ginásio - claro que muitas vezes pensamos na saúde - para estar em forma para o verão. O que eu acho ótimo, mas a minha consciencialização tornou muito mais a parte de saúde. Sei que um dia mais tarde não quero ser sedentário, pelo contrário, quero continuar fisicamente ativo. Se a saúde e o exercício físico continuar a permitir que eu tenha um corpo visualmente agradável à vista, perfeito. Assim consigo aliar o útil ao agradável.
Como afirmou, treina todos os dias e isso é uma rotina que tinha antes deste desafio surgir. Mas, além do ginásio, praticava algum desporto?
Sim, há cerca de um ano e meio comecei a jogar padel com amigos e é daqueles desportos que tem vindo a ter um peso maior na minha vida. Durante toda a minha vida pratiquei imensa coisa. A cada mês era cada desporto. Acho que até cheguei - muito também por vontade da minha mãe - a fazer danças de salão. Fiz muita coisa, sendo que o futebol teve sempre um cunho muito maior na minha vida.
Agora que falou no futebol, ser um profissional na modalidade chegou a ser um sonho?
Era. Isto é quase um clichê, mas é verdade. Durante muito tempo achei que seria possível. Passei um tempo em que era aficionado por futebol.
E chegou a jogar em algum clube?
Sim, no Corroios e noutros clubes perto de onde eu vivia.
E porque é que esse sonho não se concretizou?
Chega-se ali a uma altura que se tem que optar muito rapidamente pelos estudos e quando isso começou a acontecer a escolha foi imposta pelos meus pais e tudo mais, e ainda bem que assim foi. Hoje em dia olho para trás e percebo que gosto de jogar futebol, mas nunca seria um Cristiano Ronaldo.
Para manter um estilo de vida saudável a alimentação é também um ponto importante. Adotou algum regime alimentar especial nesta fase?
Sim. No meu dia a dia sou uma pessoa que não come muitos, ou quase nenhuns hidratos. Voltei a colocá-los na minha alimentação e sem isso era impossível ter energia para correr as distância que estou a correr. Hoje em dia corro 10km termino e fico bem. É giro ver a evolução. Eu não acredito que este desafio de percorrer a Maratona do Porto me vai fazer ter vontade de completar mais maratonas ou meias-maratonas. Mal termine este desafio vou continuar a fazer o meu treino diário, como sempre o fiz antes.
Sendo adepto de um estilo de vida saudável, quais os principais conselhos que quer deixar às outras pessoas?
Seja qual for a razão que os prenda a um ginásio - ou que não os prendam mas que precisam de uma razão -, arranjem essa razão rapidamente e que essa seja a maior vontade de irem fazer qualquer tipo de exercício físico. Tornem-se ativos porque eu acho que isso é importante e muita gente não tem a noção do escape que aquilo é. Claro que custa ir a um ginásio nas primeiras vezes, para quem não está habituado. Mas vai-se chegando a um ponto - que é muitas vezes esse ponto que as pessoas não estão dispostas a passar – em que entranha-se. Eu digo ginásio, mas seja qual for o desporto. E esse ponto acaba por se entranhar ali tanto que, de repente, precisamos daquilo para que as coisas continuem estáveis e equilibradas. O que muita gente não percebe é que tem que passar uma fase de adaptação grande e, mal se passa essa fase, ganha-se o gosto.
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