Isabel Moreira foi convidada de Manuel Luís Goucha esta quinta-feira, 22 de junho. A deputada da Assembleia da República não conteve as lágrimas ao recordar o pai, Adriano Moreira, que morreu em outubro do ano passado, aos 100 anos.
"O meu pai foi a figura masculina estável da minha vida e o que acontece agora é que é tão forte a nossa ligação... Acho que isto é importante para quem esteja a passar por um processo de luto. Agora que passaram seis meses estou muito pior do que ao fim de um mês", confessa.
"Tinha medo da morte do meu pai desde pequenina, até porque ele nos transmitia muito a consciência da sua finitude, mas eu achava que ele nunca ia morrer, tenho um lado lunático", nota a deputada, sublinhando que guardava a esperança que o pai viveria até aos "120" de maneira a diminuir a sua ansiedade.
"O que tenho estado a fazer é tentar descobrir o meu lugar sem ele", confessa, referindo que tem tido ajuda psicológica durante o processo de luto.
"Não tenho [respostas], estou completamente perdida. Já me senti muito perdida na vida, mas a morte do meu pai foi o acontecimento que partiu definitivamente o meu coração. Foi o maior desgosto de amor. É o maior caso de amor da minha vida", diz ainda, já visivelmente emocionada.
A convidada notou que todo este processo é ainda mais difícil uma vez que o irmão mais velho tinha morrido dois anos antes, aos 47 anos de vida.
"É muito importante a pessoa dar-se ao seu espaço, ter o seu tempo, não aceitar exigências de terceiros e permitir-se ao que for acontecendo", completa.
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