Na série documental que produziu para a Netflix, intitulada 'Heart of Invictus', o príncipe Harry lembrou os tempos difíceis que viveu depois de ter voltado de uma missão que cumpriu no Afeganistão.

"Não tinha aquela estrutura de apoio, aquela rede ou aquele aconselhamento especializado para identificar de facto o que estava a acontecer comigo", confessa.

"Infelizmente, como a maioria de nós, a primeira vez que realmente ponderas a terapia é quando estás deitado no chão em posição fetal, provavelmente a desejar ter lidado com algumas dessas coisas anteriormente", reflete.

O duque de Sussex afirma que problemas de saúde mental eram um tema tabu quando se juntou ao exército, notando que o seu objetivo é acabar com o "estigma" à volta do assunto.

Harry afirma que só pode falar da sua "experiência pessoal", contando que quando voltou da guerra sentiu que um "gatilho" deu origem às crises que viveu.

"Mas as coisas que estavam a aparecer eram de 1997, desde os 12 anos, quando perdi a minha mãe tão jovem, nunca tive consciência do trauma que tive, nunca foi discutido, não falei sobre nada. Suprimi isso como a maioria dos jovens teria feito, mas quando tudo começou, eu estava a dar pontapés nas paredes, a pensar no que estava a acontecer ali", lembra.

Vale notar que o filho mais novo do rei Carlos III criou os Invictus Games cujo objetivo é estabelecer competições desportivas entre veteranos de guerra que tenham passados por problemas de ordem mental ou física.

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