Gérard Depardieu tinha pedido, em maio de 2021, a nulidade da acusação, mas o procurador-geral Rémy Heitz anunciou hoje que o pedido foi rejeitado, considerando que "existem indícios graves ou concordantes" que justifiquem que continue a ser indiciado por atos praticados em agosto de 2018.

O processo volta agora ao juiz de instrução "para posterior investigação judicial", escreveu a AFP, citando um comunicado do procurador-geral.

A queixa contra Depardieu foi apresentada em 2018 por uma jovem atriz e bailarina, Charlotte Arnould, então com 22 anos, que acusava o ator de ter cometido abusos sexuais em duas ocasiões, em Paris, nos dias 07 e 13 de agosto daquele ano.

Segundo a atriz, os abusos foram cometidos no contexto de um ensaio informal para uma peça de teatro.

Em junho de 2019, o Ministério Público francês concluiu a investigação preliminar alegando que esta "não permitiu caracterizar os delitos denunciados em todos os seus elementos constitutivos", mas a vítima apresentou recurso, tendo sido decidida a reabertura do processo.

Através do advogado, Gérard Depardieu negou sempre "categoricamente qualquer agressão sexual e violação".

Questionado hoje pela AFP, o advogado do ator não comentou a decisão.

Charlotte Arnould esteve hoje presente em tribunal, em Paris, mas não prestou declarações, tendo a advogada dela, Carine Durrieu-Diebolt, dito que a atriz "estava particularmente aliviada e confiante" com a decisão anunciada.

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