O ano começou em grande para Mariama Barbosa, que depois de vários anos à frente do programa 'Tesouras e Tesouros', da SIC Caras, tornou-se parte do painel de comentadores do 'Passadeira Vermelha', o célebre formato de tertúlia da estação.

A pandemia da Covid-19 acabou por marcar este arranque da década e este seu novo capítulo profissional, mas o espírito positivo não deixou que a atual situação a desanimasse.

Estar em quarentena foi sinónimo de mais tempo de qualidade com o filho e de agarrar, com ainda mais gratidão, o novo projeto. E foram estas semanas de grandes emoções que serviram de mote para uma conversa com o Fama Ao Minuto.

Como tem lidado com a atual situação do país?

Mantive-me serena, sempre um pouco preocupada claro mas sempre com consciência de que tudo iria ficar bem. Tentei manter a minha rotina ao máximo e não assustar o meu filho, explicando-lhe que se nos mantivermos seguros e cautelosos mais tarde ou mais cedo podemos voltar à vida normal. Quero acreditar.

Gosta de estar em casa ou é uma pessoa de muitos programas fora?

Sou uma pessoa muito caseira, gosto de fazer programas em casa com o meu filho. O que tornou o processo mais difícil foi saber que não podia sair de casa… o meu trabalho envolve muito contacto com pessoas e organização de eventos e, como é óbvio, foi algo que não consegui fazer estes dois meses. Tenho muitas saudades.

Tem aproveitado para estar mais com o seu filho. O que têm feito juntos para enfrentar os dias mais entediantes?

Sem dúvida. Talvez tenha sido o ponto positivo no meio desta confusão toda, poder conectar-me com o meu filho e estar lá para ele sempre. Ajudei-o nos estudos, vemos filmes, jogamos todo o tipo de jogos e rimos muito. Ficámos ainda mais próximos.

Ser mãe em tempos de pandemia é um desafio em que aspetos?

Muitos! Temos de gerir tudo. Desde ser professora, mãe, amiga, e dona de casa... não é fácil mas com a organização e a logística certas tudo vai ao sítio.

Sendo uma especialista em temas relacionados com moda, do que tem visto pelas redes sociais, os famosos levam uma 'coroa' ou uma 'tesourada' nos visuais escolhidos para estar em casa?

Muitas coroas. Esta pandemia permitiu às pessoas serem mais criativas e apostarem em looks mais arrojados. A brincadeira da almofada, por exemplo, é das minhas preferidas… utilizar o que temos em casa e darmos-lhe outro uso é fantástico. That's what fashion is all about, brincar e divertirmo-nos com cada look.

É apologista de que arranjarmo-nos, mesmo para estar em casa, pode ser o segredo para um bom dia?

Claro que sim. Desde o início desta pandemia nunca deixei de me vestir ou maquilhar. Quis que os dias ficassem o mais normais possível e tentar ao máximo não fugir à rotina. Era importante até para o Zé perceber que ele não se podia desleixar também.

Esta pandemia coincidiu também com os primeiros tempos enquanto comentadora do 'Passadeira Vermelha'. Como tem sido a experiência?

Tem sido uma experiência única. Não posso estar mais feliz por ter recebido este voto de confiança por parte do Daniel Oliveira. Foi ele que apostou em mim no 'Tesouras e Tesouros' e saber que ele sente que posso dar mais à estação deixa-me de coração cheio. É um programa que tem muitas vertentes e o importante é sabermos dar a nossa opinião de forma respeitadora… sem nunca deixar de dizermos aquilo que realmente pensamos. Nesta quarentena registámos a maior audiência de sempre, o que só comprova que o 'Passadeira Vermelha' é um programa de qualidade e que temos pessoas que nos acompanham que confiam em nós e que se entretêm a ver-nos. Estou muito feliz.

O programa sofreu grandes alterações com a saída de dois comentadores, Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz. Do feedback que tem recebido, sente que o público acolheu bem estas mudanças?

O Cláudio e a Maria faziam um trabalho fantástico no programa. Talvez ao início tenha sido complicado para o espectador ver o programa sem duas das suas peças essenciais. Agora, do feedback que recebo nas minhas redes sociais, tenho a certeza que as pessoas lá em casa continuam a adorar o programa e não perdem um episódio.

Neste momento a televisão enfrenta uma fase de readaptação. Toda esta realidade assustou-a inicialmente?

A televisão está sempre em constante mudança, exemplo disso foi a mudança da Cristina Ferreira para a SIC, que alterou drasticamente o paradigma televisivo. A pandemia foi algo inesperado mas que, na minha opinião, tanto a SIC como os outros canais se adaptaram muito bem e arranjaram soluções para fazer chegar ao espectador o melhor produto possível. Assustou-me um bocadinho no início mas sempre me foi transmitido pelo nosso diretor que tudo iria ficar bem e que se estavam a fazer os possíveis para nos manter em segurança.

Além da entrada para o leque de comentadores do 'Passadeira Vermelha', 2020 tem-lhe reservado mais projetos especiais?

Esta pandemia fez-me perceber que o segredo é dar um passo de cada vez, não fazer muitos planos. Este ano vou-me dedicar a 100% ao 'Passadeira Vermelha' e ao 'Tesouras e Tesouros', que são dois programas que me realizam muito enquanto profissional. No ano seguinte, 2021, vou apostar em alguns projetos que tenho em carteira e que acredito que serão um sucesso. Esperem para ver.

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