Sara Santos perdeu o bebé aos oito meses de gravidez, há dois anos, como recordou em conversa com Cristina Ferreira. A apresentadora inicialmente começou por lembrar o momento em que soube que ia ser mãe.

"Quando soube que fiquei grávida foi a melhor notícia que tive", afirma, referindo que durante a gestação tudo correu bem.

No entanto, certo dia, às 30 semanas, "começou a sentir uma ligeiras contrações". Ligou ao seu médico e o mesmo aconselhou-a a ir ao hospital mais próximo.

"Entrei nas urgências, mediram-me a tensão, verificaram que já estava com a tensão muito elevada, ligaram-me logo ao CTG e acusou ao final de 4-5 minutos um sofrimento fetal. A enfermeira mandou logo chamar o médico de emergência. O batimento da menina ia caindo e à medida que ia caindo ela chamava o médico e ele sempre se negou a fazer o que quer que fosse", conta.

"Após as enfermeiras insistirem [para ser transferida para outra unidade de saúde], mesmo depois de ele ter dito que não, quando chegou aquela altura ele disse: 'agora já não há tempo, mandem-na já para o bloco", continua, admitindo que ia "contente e assustada" para o bloco. "Apesar de tudo eu ainda ouvia o coração dela e enquanto ouvia o coração tranquilizava-me", partilha.

"Fizeram-me cesariana e eu pergunto à anestesista: 'a minha filha não resistiu? Não ouço nenhum bebé a chorar'. Ela disse-me: 'eu não posso dizer nada, os médicos já falam consigo'. Mas ninguém falou comigo", acrescenta. "Quando vejo o meu marido a vir na minha direção a chorar foi a confirmação, já sabia", lembra.

Uma fase muito difícil que Sara partilhou em lágrimas no 'O Programa da Cristina'. "O médico nunca falou comigo. [...] Esse médico roubou-me metade da minha vida. Se não fosse pelo meu filho eu já não estava cá", desabafa.

A apresentadora é ainda mãe de um menino, de 15 anos. "Um filho não substitui o outro. Ela neste momento estava a andar", disse.

Segundo Sara, o filho mais velho também está a ser acompanhado, assim como a restante família e "parece estar bem".

Hoje, Sara mantém o quarto da menina e continua a comprar roupa para ela. "Sinto-me confortável com isso. Onde quer que ela esteja, quero que ela veja que eu mantenho as coisas dela", explica.

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