Farmácias Portuguesas
Diogo Infante não contém o sorriso terno quando o assunto é o seu filho, Filipe. E também não poupa nos elogios: «Ele é um rapaz inteligente, sensível, doce, meigo, adolescente, com tudo o que isso significa». Filipe tem 14 anos, é filho adoptivo de Diogo Infante e, pelas palavras do pai, há uma crescente cumplicidade entre os dois, seja para impor regras – «Às vezes é preciso resistir à tentação de ser amigo e dizer “Não, agora não.”» – seja para falar de assuntos mais delicados, onde prefere que não haja tabus.
Certo é que este é o único papel de que «eu não abdico», reitera Diogo Infante, para quem o amor é o maior presente que pode dar e, mesmo na complicada fase da adolescência, há coisas que não devem mudar.
«Quase todos os dias – agora menos, porque ele olha para mim de lado – o lembro que o amo e digo-o. Porque acho que não devemos ter vergonha das palavras, não devemos ficar incomodados com o peso das palavras. Eu vou-lhe lembrando também que, embora ele possa não vir a gostar, ele terá de continuar a dar-me um beijo e a dizer “Olá pai”. Porque para mim isso é importante.»
Texto de Rita Leça
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