Diana Spencer parecia a escolha perfeita: bonita, jovem, de boas famílias, apaixonada. O seu casamento com Charles, futuro herdeiro ao trono britânico, tinha tudo para dar certo, mas a verdade é que acabou por abalar por completo a monarquia.
O enlace real aconteceu a 29 de julho de 1981, na Catedral de St. Paul. Visto por mais de 750 milhões de pessoas em todo o mundo, foi considerado ‘O casamento do século’ e um dos mais mediáticos de sempre. Nos anos seguintes, as atenções dos média começaram a centrar-se no novo membro da realeza, que depressa se tornou numa das figuras mais populares e acarinhadas da Família Real.
Conhecida por romper com a tradição e quebrar os protocolos reais, Lady Di, como era chamada, soube fazer uso da sua exposição mediática e posição social, usando os média em seu benefício. Para além de ter procurado manter uma grande proximidade com o povo britânico, procurou apoiar instituições de caridade e causas humanitárias durante toda a sua vida. Esta imagem mais humana, espontânea e acessível valeu-lhe o nome de ‘Queen of Hearts’ e ‘Princesa do Povo’.
Com o fim do seu casamento e consequente divórcio, o ex-membro da família real não se coibiu de, mais uma vez, usar os média em seu benefício, dando a conhecer o seu lado da história. Através das diversas entrevistas reveladoras que concedeu aos média britânicos – como é o caso da famosa entrevista ao programa de televisão Panorama -, Diana Spencer foi deteriorando a aura de mistério que a tanto custo a monarquia tentou preservar.
"Acho que a Diana fez com que a família real acordasse para o século XXI. Ela foi o motor de mudança. A força catalisadora, o meteoro que aterrou sobre eles e os forçou a mudar a sua forma de estar”, escreveu Tina Brown, autora do livro “The Diana Chronicles”, publicado em 2007.
Com a inesperada morte de Lady Di, que perdeu a vida a 31 de agosto de 1997 num acidente de viação em Paris, a popularidade da monarquia caiu a pique, em grande parte devido à postura reservada e pouco acessível adotada pelos membros da Casa Real. O mais curioso foi o facto de Diana, que chegou a ser vista como uma ameaça para a monarquia, ter acabado por se tornar a sua salvação.
“A instituição saiu da sua complacência e foi forçada a olhar para si mesma com um olhar crítico. […] Foi a Rainha que iniciou os tributos e quem reconheceu ser necessário, que a instituição arcaica que liderava, precisava de aprender com a jovem princesa que tinha acabado de banir”, referiu Nicholas Witchell, correspondente real da BBC, a propósito do tema.
E a verdade é que as mudanças foram ocorrendo, em grande parte visíveis através da conduta dos príncipes William e Harry, que fizeram questão de manter vivo o legado da mãe ao longo da sua vida.
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