Depois de um álbum de homenagem a Amália Rodrigues no ano em que se assinala o centenário da eterna diva do fado, Cuca Roseta acaba de surpreender os fãs com "Meu", um disco autobiográfico e intimista que compôs, pela primeira vez, de uma ponta à outra. "Parece que estou a cantar a minha pele. É uma sensação espetacular", admite em entrevista à edição desta semana da revista TV Guia. "Fui recuperar algumas das letras que já tinha escrito, [mas] nenhuma ficou igual", confidencia a fadista de 39 anos.
"Modifiquei-as e usei-as como inspiração. Nos outros discos, era diferente. Eu tinha um prazo para escrever duas letras minhas", revela. "Aqui, foi diferente. Escrevia sempre que tinha inspiração, o que faz com que seja uma coisa mais verdadeira, mais sincera. Ajudou-me muito a conhecer-me como compositora", garante a artista. No último ano, por causa do marido, o preparador físico João Lapa, Cuca Roseta passou grande parte do tempo em Londres, em Inglaterra, mas a pandemia de COVID-19 acabou por lhe(s) trocar as voltas. "Este ano, os meus filhos começaram a escola lá mas eu não estava a fazer as quarentenas pedidas", refere.
"Fiquei com medo de não poder ir para lá e de, a qualquer momento, não poder ver os meus filhos. Decidi trazer o Lopo e a Benedita para cá e eu e o João demos um passo atrás", desabafa. "Assim que acabar a pandemia, esperamos voltar à vida que tínhamos", afirma a fadista. "Tenho conseguido ir lá quase todos os meses mas é sempre difícil viver um relacionamento à distância", confidencia a intérprete de "Fado do contra". "Acho que o nosso relacionamento ganhou outra maturidade", considera, no entanto, a cantora.
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