Foi divulgado mais um escândalo sexual em Hollywood. Desta vez é o ator Johnathon Schaech que acusa o cineasta italiano Franco Zeffirelli de abuso sexual. Um caso que remete a 1992, quando o ator tinha 22 anos.

Johnathon recorda que ficou entusiasmado com a ideia de trabalhar com o cineasta, conhecido pelos filmes ‘The Champ’, ‘La Traviata’ e ‘Romeo e Julieta’, pelo qual ganhou um Óscar em 1969, de Melhor Realizador. Mas, segundo o ator, foi assediado e abusado sexualmente durante as gravações.

Schaech conta que é disléxico, mas na altura “não sabia isso”. Um problema que o fazia sentir-se “vulnerável”.

O ator afirma que o realizador começou por “seduzi-lo” com palavras carinhosas, elogios, e que o levou a lugares onde ninguém podia ir, como ao Vaticano. “Mas quando Franco bebia, tornava-se muito agressivo e abusivo. Não apenas para mim”, explicou, referindo que sentia que o realizador tinha uma disposição diferente para si.

Até que, numa noite, o realizador disse a Johnathon que “estava a ir para o seu quarto de hotel”.

“Desta vez ele consegui arranjar uma chave. Eu estava na cama, a dormir, e ele entrou no quarto. Quando acordei ele estava de pé ao lado da minha cama. Deitou-se ao meu lado. Houve um momento em que lhe disse “não”, mas ele disse: ‘Nós precisamos de fazer isto’. Lembro-me que o hálito dele cheirava a uísque”, recordou o ator. “Ele violou-me na minha cama”, afirmou. “Colocou as mãos em lugares que eu nunca podia imaginar e fez coisas com as quais não estou orgulhoso. Mas a culpa não é minha. Ele tentou fazer sexo oral”, continuou.

Um momento traumático que manteve em segredo durante 25 anos.