1. Não é uma pessoa com muita paciência

Com a suspensão das atividades letivas durante a pandemia, a família Cambridge teve de se adaptar à realidade do ensino online e à distância, mas nem tudo correu sobre rodas para o príncipe William. Em entrevista ao “That Peter Crouch Podcast” revelou que a sua falta de paciência no campo educacional foi uma das grandes descobertas que fez durante o confinamento. "[Aprendi] Que a minha paciência é mais curta do que pensava. Esse foi provavelmente o maior abre olhos para mim e que a minha mulher tem imensa paciência [para os miúdos]", frisou sobre esta época.

2. Não tem pressa para ser rei

Em conversa com o correspondente real Nicholas Witchell da BBC News, o príncipe William disse aquilo que pensa em relação ao futuro da monarquia e sobre aquele que será o seu futuro papel, o de monarca. "Acho que a família real tem de se modernizar e desenvolver à medida que vai avançando, tem de se manter relevante. O meu desafio é esse: como posso tornar a família real relevante nos próximos 20 anos. Podem ser 40, 60 anos, não tenho ideia de quando é que isso vai acontecer e certamente que não perco o sono a querer ou a desejar que isso aconteça [ser rei] porque, infelizmente, quer dizer que perdi alguém da minha família e eu não quero isso", disse em abril de 2016 o segundo na linha de sucessão ao trono britânico.

3. Foi o primeiro membro da família real a ser capa de uma revista LGBT+

Em 2016 o príncipe William fez história ao ser capa da edição de julho da Attitude, uma publicação britânica composta por temáticas direcionadas para a comunidade LGBT+. A sessão fotográfica decorreu no interior do Kensington Palace e foi antecedida por uma conversa com diversos jovens onde foram exploradas temáticas como sexualidade, bullying e saúde mental. "Ninguém deve ser vítima de bullying devido à sua sexualidade ou por outra razão qualquer e ninguém deve tolerar o tipo de ódio que estes jovens aguentaram durante as suas vidas", disse o duque de Cambridge em comunicado sobre o tema, encorajando todas as pessoas a procurarem ajuda. "Devemos ter orgulho na pessoa que somos e não temos nada de que nos envergonhar."

4. Também erra na hora de escolher presentes

À semelhança dos anfitriões do “That Peter Crouch Podcast”, que partilharam os piores presentes que já deram à sua cara-metade, o príncipe William também parece não ter muita sorte na hora de escolher algo para oferecer. "Uma vez dei um par de binóculos à minha mulher. É algo que ela nunca me vai deixar esquecer. Foi no início do nosso namoro", recordou sobre o episódio, entre risos, dizendo que não foi uma escolha muito feliz da sua parte. "Estava a tentar convencer-me sobre a escolha, ‘Mas estes são mesmo incríveis e têm um grande alcance’."

5. O seu envolvimento na promoção da saúde mental

Desde muito cedo que a saúde mental se destacou como uma das suas principais causas. Em 2016, e juntamente com o príncipe Harry e com a duquesa de Cambridge, lançou através da The Royal Foundation a Heads Together: uma iniciativa que pretende promover uma discussão mais aberta e honesta em torno deste tema. "As pessoas não podem aceder aos serviços [disponíveis] até deixarem de sentir menos vergonha, portanto temos de lutar contra o tabu, o estigma, por amor de Deus, estamos no século XXI. Fiquei chocado com o número de pessoas que vivem com medo e em silêncio devido a questões de saúde mental", disse em entrevista à edição britânica da GQ em maio de 2017.  "Não consigo compreender como é que as famílias, mesmo à porta fechada, podem ter dificuldade em falar sobre isso. Fico chocado por estarmos preocupados em falar sobre aquilo que verdadeiramente sentimos."

6. Os seus programas de televisão preferidos

Em abril de 2017 os duques de Cambridge surpreenderam os ouvintes da BBC Radio 1 ao marcaram presença no programa de rádio. Questionados sobre as suas preferências televisivas, o casal revelou algumas das suas séries de eleição. "Vimos o Homeland, somos grandes fãs de Homeland. Também vimos o Game of Thrones. Parece que toda a gente viu o GOT", disse ao apresentador e DJ Scott Mills. O príncipe também revelou ser fã da telenovela australiana Neighbours que esteve no ar durante 37 anos e que chega ao fim este ano. "Víamos muito o Neighbours na escola. Era um sucesso. Toda a gente se reunia à hora do almoço e via."

7. A sua dedicação à causa ambiental

O interesse pelo ambiente começou na infância, tendo sido fomentado pelo facto de ter vivido no meio da natureza, de assistir às séries documentais do naturalista David Attenborough e poder ver de perto a paixão e envolvimento do pai, o príncipe Carlos, e do falecido avô, o duque de Edimburgo, na causa ambiental. "Acho que é algo que vai crescendo connosco, mas para mim, quando olho para trás e foi um momento de viragem, foi quando fiz uma pausa antes de ir para a Universidade, no meu gap year, e fui ao Quénia e passei muito tempo no campo a compreender com os especialistas quais eram os desafios, a conhecer as pessoas locais e ver como vivem com a vida selvagem e começamos a aprender um pouco sobre isso", disse durante o podcast “Climate of Change”, apresentado por Cate Blanchett e Danny Kennedy, em abril de 2022.

As suas viagens pelo mundo permitiram-lhe abrir horizontes e ter uma nova perspetiva sobre as questões ambientais e as alterações climáticas, tendo servido de base para a criação do Earthshot Prize: uma iniciativa lançada pela Royal Foundation que, durante 10 anos, vai distinguir cinco ideias e soluções inovadoras que pretendem mitigar os principais problemas ambientais do planeta terra. Os laureados vão receber um prémio monetário no valor de um milhão de libras.

8. O impacto da morte da mãe na sua vida

A relação com mãe, a falecida princesa Diana Spencer, foi um dos temas centrais da entrevista concedida à GQ, intitulada “Prince William on Diana, Princess of Wales”. Questionado sobre o seu processo de luto, o príncipe falou abertamente sobre o tema, respondendo que "provavelmente não o fiz devidamente. Estive num estado de choque durante muitos anos."

Ao jornalista Alastair Campbell revelou que nunca fez terapia ou procurou ajuda profissional após a morte da progenitora, que faleceu tragicamente a 31 agosto de 1997 num acidente de viação em Paris, refugiando-se no apoio de familiares e amigos. "Nunca me senti deprimido, mas senti-me incrivelmente triste. E sinto que o trauma desse dia viveu comigo durante 20 anos, como um peso, mas não diria que isso me levou a desenvolver depressão. Ainda tenho vontade de me levantar de manhã, quero fazer coisas, sinto que estou funcional. Acredita que certas vezes senti que aquilo me ia destruir, mas aprendi a lidar com isso e falei sobre aquilo que estava a sentir."

9. O seu tema de eleição para uma noite de karaoke

Após ser desafiado a partilhar a canção que escolheria caso tivesse de subir ao palco numa noite de Karaoke com amigos, o duque de Cambridge elegeu um clássico dos anos 1970 da banda liderada por Freddie Mercury. "Provavelmente o ‘Bohemian Rapsody’ dos Queen. É uma das poucas canções que sei a letra a toda", revelou no “That Peter Crouch Podcast”, explicando que esta é uma experiência que não repete há diversos anos.

10. É bom a ler pessoas

Apesar de ter crescido sob um amplo escrutínio mediático, o príncipe William descreve-se como "uma pessoa muito privada", sendo "franco e honesto" com aqueles que fazem parte do seu núcleo familiar e do seu círculo de amigos. Apesar de reconhecer que enquanto membro da realeza é difícil encontrar pessoas de confiança com quem possa partilhar a sua vida, a verdade é que o segundo na linha ao trono britânico tem uma vantagem. "Um dos poucos pontos fortes que eu tenho a meu favor é que sou muito bom a ler pessoas, e normalmente posso dizer se alguém só está a tentar ser simpático por eu ser quem sou, e a dizer algo pelas razões erradas."