O anúncio foi feito no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal, em Cascais, no distrito de Lisboa, pelo presidente daquela associação, José Archer, que salientou, na cerimónia, que o número este ano “é quase 15 vezes superior ao número de há 25 anos”.
“Trinta e cinco anos depois do hastear da primeira Bandeira Azul, precisamente no concelho de Cascais onde nos encontramos, vimos anunciar a atribuição das bandeiras azuis de 2022 a 393 praias, 18 marinas e 20 embarcações ecoturísticas, num total de 431 bandeiras azuis atribuídas”, disse José Archer.
Na próxima época balnear vão hastear a Bandeira Azul mais 21 praias, mais duas marinas e mais nove embarcações de ecoturismo do que no ano passado. Consulte a lista aqui.
As 393 praias estão distribuídas por 102 municípios, com destaque para Vila Verde, Tábua e Alandroal, que candidataram praias pela primeira vez, e para Cascais e Marinha Grande, que regressaram este ano ao programa Bandeira Azul.
Aposta na qualidade
Este ano, voltou a realçar-se o crescimento “contínuo e seguro das praias fluviais”, o que, segundo os responsáveis do programa, “evidencia a aposta dos promotores na qualidade destas zonas balneares e das áreas envolventes”.
Em relação às marinas e aos portos de recreio, o Núcleo Recreio Náutico de Velas, o Núcleo Recreio Náutico Lajes do Pico e o Porto de Recreio de Machico integram o programa Bandeira Azul pela primeira vez.
No entanto, o maior crescimento desta edição é o do galardão para embarcações de ecoturismo, que conta com mais nove embarcações, de cinco novos operadores, e, desta forma, passa a estar presente em todas as regiões, exceto nos Açores.
A cerimónia oficial do hastear da primeira Bandeira Azul em praia costeira deste ano vai decorrer no dia 09 de junho, na praia da Figueirinha, em Setúbal, seguindo-se em 14 de junho o hastear na praia fluvial de Adaúfe, em Braga, enquanto a primeira bandeira a ser içada numa marina estará no Porto Recreio de Oeiras, em 17 de junho.
As praias costeiras e fluviais distinguidas estão distribuídas pelas regiões Norte (82), Centro (50), Tejo (77), Alentejo (40), Algarve (86), Açores (42) e Madeira (16).
Onde estão as bandeiras azuis?
No Norte o galardão foi atribuído a 73 praias costeiras e nove fluviais em 15 concelhos, contando a região com três praias novas (Ponte do Bico, Aquário e Prado Faial), uma reentrada (Ínsua) e uma saída (Queijo).
O Centro conta este ano com 31 praias costeiras e 19 fluviais com Bandeira Azul, em 23 concelhos, sendo Ronqueira e Praia Velha duas praias novas na lista, enquanto São Pedro de Moel e Sandomil reentram.
Na zona Tejo há agora 77 praias distinguidas, 63 das quais costeiras e 14 fluviais. Estão divididas em 21 concelhos, tendo reentrado para a lista 13 praias.
No Alentejo o galardão chegou a 40 praias - 32 costeiras e oito fluviais -, distribuindo-se por 12 concelhos, com a entrada de dois areais no grupo.
O Algarve conta este ano com 86 praias galardoadas, todas elas costeiras, com 13 dos 16 concelhos a serem contemplados, tendo a praia de Dona Ana, em Lagos, saída da lista de galardoadas.
No arquipélago dos Açores existem este ano 42 praias costeiras distinguidas, abrangendo 10 concelhos, tendo reentrado uma (zona balear de Santa Cruz) e saído quatro.
Já no arquipélago da Madeira há 16 praias costeiras com Bandeira Azul distribuídas por oito concelhos.
Em 2022 continuam as comemorações dos 35 anos do programa Bandeira Azul, com o mote “Ajuda o Mar a Contar Outra História”.
Para assinalar os seus 35 anos, o programa apresenta também uma estratégia que “apela à consciência coletiva dos portugueses” e os “motiva dizendo que ainda é possível mudar o fim desta história”.
De acordo com José Archer, também o tema da recuperação de ecossistemas continua em 2022, “uma vez que não se esgota num ano” e porque a FEE (Fundação de Educação Ambiental, na tradução da sigla inglesa) e a ABAE estão alinhadas com a Década das Nações Unidas para a Recuperação dos Ecossistemas.
“GAIA 2030 é a estratégia desenvolvida pela FEE para abordar as três maiores ameaças ambientais, durante a próxima década: alterações climáticas, perda de biodiversidade e poluição ambiental”, salientou.
Comentários