Com um arrojado projeto de recuperação assinado pelo gabinete do arquiteto Pedro Campos Costa, o Ozadi fez parte das 438 candidaturas enviadas para esta edição do prémio.
Os prémios FAD surgiram em 1958 e dividem-se em cinco categorias: Arquitetura, Interiores, Cidade e Paisagem, Intervenções Efémeras e Pensamento e Crítica. Embora inicialmente cingidos a obras de Barcelona, mais tarde abriram os prémios à Catalunha (1987) e, desde 1996, a toda a Península Ibérica. Concorreram nesta edição um total de 458 obras, sendo que o maior número de candidaturas é geralmente na área de Arquitetura, este ano com 175 obras. O painel de júris foi composto pelo Presidente, Victor López Cotelo, juntamente com Ignasi Bonet, Agustí Costa, Mónica Rivera, Mariana Pestana e Gabriel Valeri.
AVALIAÇÃO DO JÚRI:
“A renovação do hotel ,construído nos anos 60, é gerada com inteligência e sensibilidade destacando os valores da construção original. Este projeto encontra o seu clímax na reformulação do piso de acesso e de uma nova área de piscina com um pavilhão para cafeteria e vestiários. O novo pavilhão, de geometria complexa, integra-se subtilmente
entre o edifício existente e a nova zona balnear, ordenando os acessos em torno da grande árvore que, com a sua bela presença, articula o conjunto. A complexidade geométrica, espacial e construtiva do pavilhão não reflete tanto a procura por um protagonismo gestual, mas submete naturalmente ao desejo da arquitetura para criar, com imaginação e frescura, um ambiente agradável e diferentes fluxos espaciais, conseguindo concretizar
uma configuração acolhedora em que a arquitetura acompanha e se torna bem-estar “
OZADI TAVIRA HOTEL
Construído em 1970, foi durante mais de quatro décadas conhecido como o famoso Eurotel de Tavira.
Contudo, após um gigante processo de renovação - levado a cabo entre 2013 e 2014 - renasceu enquanto Ozadi Heart & Soul Tavira Hotel. Uma unidade detentora de quatro estrelas, atualmente com 77 quartos e suites disponíveis, dois restaurantes e uma elegante piscina exterior. No processo de recuperação, o arquiteto teve em consideração a linguagem da arquitetura original dos anos 70 de Barros da Fonseca e Paiva Lopes, reinventando temas arquitetónicos e ambientes.
“O nosso objetivo foi o da busca do equilíbrio entre o existente e o contemporâneo. O edifício foi desenhado nos anos 70 e tem características que me interessou manter e que influenciou o desenho dos novos elementos. Entendo os edifícios não como elementos estáticos mas como estruturas vivas que interagem sobre nós e são parte da
experiência quer ao nível do programa quer da sua expressão estética. O edifício procura encontrar o terreno e a envolvente de forma equilibrada e harmoniosa sem deixar de afirmar a sua personalidade e o seu carácter, numa proposta espacial inovadora. Esse foi o desafio determinante para afirmar a eficácia arquitetónica na busca de uma nova proposta de valor do produto turístico”, explica Pedro Campos Costa
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