
Com vários especialistas nacionais e internacionais já confirmados, o Festival que decorrerá no Taguspark desafia a refletir sobre a aplicação da IA no presente e nos mais variados setores, desde a banca, passando pelas neurociências, até ao clima ou à produção alimentar. As propostas do Festival, que decorre de 21 a 25 de maio, completam-se com várias atividades e experiências pensadas para escolas, assim como para toda a família.
Das várias atividades pensadas para o fim de semana, destaque para os quatro “Plenários”. O primeiro, com início às 11h10 de sábado, apresenta como tema “Um Universo Incompreensível”, tendo como protagonistas dois especialistas já confirmados no evento: Pedro Gil Ferreira, astrofísico português que é atualmente professor na Universidade de Oxford, e Vítor Cardoso, uma figura incontornável do universo científico nacional, em particular na pesquisa sobre buracos negros.
O segundo “Plenário” do dia vai levar o público numa viagem entre o passado e o futuro da Inteligência Artificial, contando para isso com a visão especializada de José Carlos Príncipe – professor Catedrático distinto na Universidade da Flórida (Estados Unidos) e considerado pioneiro em redes neurais e aplicações da teoria da informação para “machine learning”.
David Stork é um dos novos nomes associados ao Festival, marcando presença para dinamizar o terceiro “Plenário”, que vai incidir sobre o tema da sua mais recente obra “Pixels & paintings: Foundations of computer-assisted connoisseurship”. A intervenção do físico, que vai decorrer às 14h30 de domingo, vai explorar a forma como os computadores “olham” para a arte e tem o apoio da FLAD. Finalmente, o último plenário vai focar-se na “Busca por Sinais de Vida Além da Terra”, contando com a presença de um dos primeiros nomes confirmados no Festival: Sara Seager. A professora, astrónoma e cientista planetária vai compartilhar os avanços mais recentes nesse campo.
Joseph Paton, coordenador do programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, junta-se agora ao grupo de especialistas confirmados no Oeiras Valley Science Festival, para incitar, no sábado, às 16h00, à reflexão sobre “Inteligência Artificial vs. Inteligência Natural”. Já Ana Noronha (diretora executiva da Ciência Viva) e Magda Cocco (sócia responsável da Área Comunicações, Proteção de Dados & Tecnologia, na Vieira de Almeida & Associados) vão juntar-se a Chiara Manfletti (engenheira aeronáutica) para debater a “Inteligência Artificial e o Espaço”.
Recorde-se que o Oeiras Valley Science Festival é organizado pelo Município de Oeiras, tendo o Taguspark como coorganizador e a The Science Project (subsidiária da The Book Company) como promotora. O projeto conta com curadoria de Vítor Cardoso e com direção científica de Alexandre Quintanilha, que reflete sobre a omnipresença da IA: “É praticamente notícia diária nos mais variados meios de comunicação, incluindo as redes sociais. E não admira, pois fascina uns e assusta outros. Mas ela está connosco há décadas, presente num número crescente de profissões e até das nossas rotinas diárias”.
O investigador na área da física, professor catedrático jubilado e ex-deputado à Assembleia da República acrescenta ainda que “este Festival tem como objetivo ilustrar essa presença, dando exemplos concretos da sua utilização e do seu impacto. Queremos que seja uma viagem exploratória junto de um público que gostaria de estar mais bem informado sobre o papel da IA na sua vida atual”.
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