O Parque Natural do Vale do Guadiana, no concelho de Mértola, distrito de Beja, no Alentejo, tem 10 novos linces-ibéricos à solta. Os últimos dois foram libertados ontem, no âmbito da primeira fase de reintrodução da espécie em Portugal, iniciada em 16 de dezembro do ano passado. A informação é avançada pelo Ministério do Ambiente. Luso e Lítio são os nomes dos felinos machos que já circulam livremente pelo espaço protegido. Esta não é, no entanto, a única ação de preservação da espécie em marcha em território nacional, onde, no século XX, já existiram cerca de 1.000 animais.
Em 2013, o Parque Biológico da Serra da Lousã também acolheu um casal de linces-ibéricos. A iniciativa, que visa a reprodução em cativeiro do animal, resulta de uma cooperação com Espanha, que já deu frutos. «Duas crias de lince nasceram no Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, na manhã de 25 de abril e estão de perfeita saúde, sinal de sucesso reprodutivo mesmo em cativeiro», noticiava mesmo a Fundação ADFP — Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional.
Atualmente, o número de linces-ibéricos situa-se atualmente na ordem das duas centenas em estado selvagem e só existiam, até há pouco, em território espanhol. Em perigo, é o felino mais ameaçado no mundo e o carnívoro mais ameaçado na Europa. O Parque Biológico da Serra da Lousã é o único zoo da vida selvagem de Portugal e pertence à Fundação ADFP, uma instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo, através do contacto com a natureza, estimular o desenvolvimento pessoal e social de pessoas vítimas de exclusão, deficientes e doentes mentais.
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