Não se deixe enganar pela designação que tem um certo ar de pretenciosismo. Este tipo de roseiras é o mais comum, na forma de pequeno arbusto, que, consoante a variedade, respetiva rusticidade e fertilidade do terreno, poderá ser mais baixo ou mais alto, variando em média entre um e três metros de altura. Os meses de inverno são uma boa altura para empreender esta tarefa. Saiba, de seguida, quais são os cuidados a ter.

Quantos ramos a partir da base?

Nestas roseiras, sempre tendo em conta a variedade e rusticidade deste especimen botânico, pretendemos obter um conjunto máximo de quatro a seis ramos a partir da base, depois da poda.

 Com que forma?

Considerando a forma arbustiva, aquela que será mais equilibrada, quer para a distribuição dos ramos com rosas quer do ponto de vista fitossanitário, será uma forma em taça, com os ramos que deixamos depois da poda projetados para o exterior e o mais equidistantes possível.

Até que ponto deve podar-se?

As variedades fracas e com os rebentos finos devem ser sempre mais cortadas que as variedades vigorosas e os rebentos fortes. Geralmente, nas variedades fracas, a poda deixa ramos mais curtos com aproximadamente três nós; nas roseiras de ramos mais fortes, pode deixar até seis nós.

Não se esqueça de uma regra que diz que uma árvore ou arbusto saudável e bem nutrido, que é podado apenas na parte aérea em ramos de madeira, não envolvendo portanto o sistema radicular, tende a repor todo o volume que lhe é retirado após a poda. Daqui resulta que, quanto mais se poda, mais rebentação ocorre.

No caso da roseira, é importante ter em conta que as rosas são produzidas nas extremidades dos rebentos do próprio ano. Assim sendo, podas mais baixas e radicais resultam na obtenção de rosas grandes e bem formadas, apesar de poucas em número. Podas mais altas e ligeiras resultam num maior número de rosas mas de menor dimensão.

Texto: José Pedro Fernandes (engenheiro florestal) com Luis Batista Gonçalves (edição digital)