Lowen criou-os partindo do princípio de que a criança, quando é obrigada a suprimir a expressão de sentimentos (o que equivale a suprimir o sentimento em si), desenvolve bloqueios corporais correspondentes à emoção que foi suprimida, diminuindo, assim, a mobilidade e a vitalidade do corpo.
As emoções não expressas ao longo da nossa vida ficam contidas no nosso corpo, formando contraturas, bloqueios, tensões ou couraças musculares.

Por exemplo, uma criança, quando fica com raiva, aprende que não deve expressá-la, pois será punida. Para conter essa raiva, ela precisa criar uma tensão no seu corpo e ao mesmo tempo mudar a sua respiração.
Provavelmente, irá apertar os maxilares e paralisar a respiração no diafragma, e, às vezes, contrairá também o pescoço. Essas tensões, ao serem repetidas, vão-se tornando crónicas.
Outro exemplo: uma criança está triste e sente vontade de chorar, mas o seu choro geralmente incomoda os pais, e, então, ela aprende a contê-lo, fechando o peito, projectando os ombros para a frente e diminuindo a respiração. Mais tarde, quando adulta, embora já não haja motivos para conter suas emoções, essa pessoa terá dificuldades em chorar e, também, para expressar outros sentimentos como amor, alegria e paixão. 

A bioenergética pode ajudar a desbloquear essa expressão, através de exercícios para o peito e outros. O trabalho de bioenergética visa, por meio de exercícios e posturas corporais, bem como de técnicas de respiração, desfazer esses bloqueios.

Existem exercícios para todos os segmentos do corpo: olhos, boca, pescoço, peito, diafragma, pélvis, pernas e pés. Os exercícios permitem a libertação da energia reprimida através de choro, riso, catarse e vibração espontânea do corpo. Estas vivências aliviam as tensões, possibilitando a oportunidade de ganharmos consciência sobre os nossos comportamentos automáticos e modificá-los. Desta forma conseguimos ser mais reais, mais espontâneos e mais conscientes. Normalmente nas sessões vêm à tona memórias ou lembranças de infância.

A bioenergética dá-nos essa oportunidade: a de transformar nossa vida.

Rita Rocha

www.injoy.pt

Fonte: InJoy e Namasté Brazil