A propósito da minha colaboração no retiro de yoga e expansão da consciência, organizado pelo generoso Bruno Cruz, e que teve lugar no fim de semana prolongado de 1, 2 e 3 de novembro de 2019, tive oportunidade de entrar em contacto com cerca de 80 participantes.
Quem frequenta cursos, workshops, retiros, ou vai a uma simples entrevista de emprego, sabe que se parte do pressuposto de existir obrigatoriamente uma apresentação inicial, o que é um pressuposto temido por muitas pessoas: seja a insegurança de afirmar quem são, o próprio desconhecimento de quem são, ao bloqueio de falar em público por motivos diversos, este momento pode condicionar todo o evento que se segue.
Por reconhecer todos estes constrangimentos preparei um momento onde permiti aos mais inseguros sentirem que havia uma rede, uma tribo para os acolher: escolhi a fototerapia, que é uma das ferramentas com que trabalho nas minhas sessões de coaching, por ser desbloqueadora, por ser certeira, por permitir ao incosciente trabalhar.
Aconteceu magia! Houve muita emoção, cumplicidade, disponibilidade e confiança. O meu coração ficou emocionado por presenciar generosas partilhas logo na primeira hora do retiro, foi um excelente ponto de partida.
Nestes três dias, onde parte do tempo implicou estar em silêncio, pude observar as resistências de olhar para dentro, pude observar os olhares e sorrisos cúmplices que se trocavam. As lágrimas também surgiram, manifestando a dor que se fazia sentir para alguns, e a alegria para outros. Chorar é terapêutico, e em época de lua nova em escorpião estamos todos convidados a olhar para dentro, de forma corajosa! E refiro corajosa porque nem todos temos coragem de enfrentar os monstros que nos atormentam, sendo que esses mesmo monstros somos nós próprios que os criamos, quem está do lado de fora só personifica.
Sendo que o retiro apelava à tomada de consciência, entre muitas aulas de yoga, fomos também todos brindados com a palestra da inspiradora Isabel Crasto, fundadora do Instituto Português da Consciência, cuja mesma foi uma bênção.
É único quando conhecemos pessoas que nos inspiram, quando partilhamos vulnerabilidades, quando podemos dar a mão para empoderar e olhar com a mensagem de que a confiança em si próprio é o único caminho da verdade.
Temos de confiar em nós, temos de desenvolver o amor próprio, temos de aceitar que tudo está bem porque tudo está no seu devido tempo.
Recentemente o meu querido Nuno Michaels dizia "a vida é um processo de morte assistida", e estas palavras são tão sábias! Para que é que escolhemos com mais frequência resistir à vida se temos consciência de que isso não nos permite abrir o coração? Para que é que dizemos a nós próprios que o outro só nos aceita quando nos permite sermos nós próprios se, por outro lado, estamos sempre a criar barreiras e a exigir que o outro mude em função do que é mais confortável para nós? A hipocrisia da aceitação do outro só muda quando tivermos coragem de nos aceitarmos a nós próprios, e como esse desafio é gigante torna-se bem mais razoável criar conflitos e apontar o dedo, ficando no lugar da vítima, coitadinha, que ninguém gosta dela, ninguém a entende, ninguém a respeita.
O respeito exige amor, e o amor não cobra. O amor é silencioso. O amor torna-nos vulneráveis e a vulnerabilidade conduz ao caminho da autenticidade.
Os desconhecidos que se apresentam a nós são convites do Universo à nossa evolução pessoal, e como temos mais medo de ser felizes do que ser infelizes boicotamos as oportunidades das relações desconhecidas.
O mês de novembro inicia com a energia de escorpião e termina com a energia de sagitário. A proposta que deixo é que comece a explorar as suas emoções sem medo do desconhecido, deixe surgir, permita-se viver. Na segunda quinzena do mês arrisque sorrir a um estranho, arrisque oferecer um café a um colega que conheça em alguma formação, evento.
Seja generoso, consigo. Abra portas distintas!
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Soraia Sequeira é Life Coach e há três anos iniciou a sua viagem de autoconhecimento, por via da astrologia. Desde então, certificou-se em Coaching, Practitioner de Programação Neurolinguistica (PNL) e em Practitioner Time Line Therapy. Atualmente encontra-se a estudar Psicologia Transpessoal, com Constelações Familiares e Hipnose, e vai iniciar em breve o Master em Programação Neurolinguistica.
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