Em Portugal, regista-se uma tendência para a diminuição de casamentos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Numa década, a quebra foi de mais de 20 mil casamentos, estando atualmente o número estacionado nos 39 993, dos quais cerca de 16 mil são católicos e 23 mil pelo civil.
Confrontado com esta situação, o padre Melo, que pediu anonimato sobre a sua paróquia, refere que “os casamentos têm vindo a diminuir em virtude da crise de valores. Há uma tendência para os casais se juntarem em vez de unirem as suas vidas matrimonialmente perante Deus.”
Confrontado com o aumento dos divórcios - aumentou de 19 104 para 27 556 – o pároco revela que “a crise de valores na sociedade é que se repercute no aumento de separações. O fato de ser tão fácil o divórcio nos dias que correm, em termos legais – facilita todo o processo e leva com que o casal não faça as tentativas todas para se manter unido. E assim destroem-se famílias…”
Paralelamente, as uniões de fato têm assumido maior relevância: “Os jovens estão desacreditados do que é o casamento e por isso não querem dar esse passo. A Igreja deve desempenhar um papel mais ativo junto deles, mas eles também devem procurar-nos…pode ser só para pedir um conselho. O casamento pela igreja é um ato muito sério e um compromisso muito bonito perante Deus. Deve ser assumido para a vida inteira, com respeito mútuo e no seio dele crescer uma família que se apoia. Agora que só ouvimos falar em crise, o marido e a mulher precisam, mais do que nunca, do apoio um do outro.
Recorde-se ainda que a idade média de casamento em Portugal também está adiada, centrando-se neste momento nos 29 anos para o sexo feminino e nos 30 para os homens.
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