Segundo o Departamento de Governação Cooperativa e Assuntos Tradicionais de KwaZulu-Natal, citado pela imprensa local, o número de vítimas aumentou de 259 para 306 na noite de hoje.

“Os serviços municipais, como eletricidade, água, e recolha de lixo, foram já retomados em algumas áreas”, adiantou.

O Governo declarou hoje o estado provincial de calamidade em KwaZulu-Natal, onde devastadoras inundações provocadas por chuvas torrenciais, que se agravaram desde a passada sexta-feira, causaram a destruição generalizada na costa oriental do país.

A Forças Armadas Sul-Africanas (SANDF) foram mobilizadas para fornecer apoio aéreo durante as evacuações após a destruição de casas, empresas, estradas, pontes, bem como infraestruturas de eletricidade, água e saneamento que foram danificadas ou destruídas por completo.

O Presidente da República Cyril Ramaphosa, que visitou hoje as áreas mais afetadas na região da cidade portuária de Durban, descreveu a situação como sendo “uma catástrofe de enormes proporções”.

O chefe de Estado sul-africano referiu que as restantes províncias do país estão a enviar ajuda humanitária, meios e pessoas para o KwaZulu-Natal, frisando que o Governo nacional está também a envidar esforços no sentido de providenciar ajuda financeira à província, assim como apoio às famílias das vítimas com “os funerais, abrigo, alimentação e cobertores”.

Pelo menos 248 escolas ficaram danificadas devidos às inundações, anunciou hoje o departamento de Educação de KZN.

O autarca de Durban (atual eThekwini), Mxolisi Kaunda, disse na terça-feira, numa conferência de imprensa, que a destruição da infraestrutura municipal “é generalizada”.

A estatal sul-africana Transnet, responsável pela gestão de portos e caminhos-de-ferro do país, suspendeu desde segunda-feira a atividade portuária no porto de Durban, o maior do continente, devido às devastadoras inundações.