Contactada pela agência Lusa, fonte autárquica informou que até 30 de novembro foram eliminados 751 ninhos e, em dezembro, mais 52.

Aquela fonte acrescentou que a partir de fevereiro e até abril vão ser instaladas em todo o território, pelo responsável local pela eliminação dos ninhos, com a participação das Juntas de Freguesia, armadilhas artesanais para capturar aquela espécie introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004.

A colocação das armadilhas naquele período “visa a captura das vespas rainhas que sobreviveram à hibernação, limitando-se, desta forma, a número de ninhos definitivos e a expansão da espécie”.

As novas colónias (sendo que uma fundadora dá origem a uma colónia) surgem de fevereiro a maio e entre junho e novembro regista-se a maior pressão das vespas sobre as abelhas, atividade que se associa ao crescimento dos ninhos/vespeiros.

Feitas com garrafas e garrafões de água com dois gargalos nas laterais, as armadilhas contêm no interior “uma solução açucarada com vinho branco, groselha e cerveja preta” para atrair as vespas asiáticas.

As primeiras 50 armadilhas artesanais, produzidas pelo agrupamento de escuteiros de Monção 791, já foram entregues ao município, iniciativa que integra ainda o agrupamento de escolas de Monção, através do Projeto Eco-Escolas.

O Plano Municipal de Combate à Vespa Velutina para 2022 prevê, entre outras medidas, a disseminação pelo território concelhio de armadilhas artesanais para a captura daquela espécie invasora.

Quando um ninho de vespa asiática é identificado deve ser comunicado através de uma linha telefónica direta (251 649 019), criada pela autarquia, para que os munícipes reportem a existência de ninhos.

Os primeiros indícios da presença da espécie em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.

A vespa velutina é uma espécie asiática com uma área de distribuição natural pelas regiões tropicais e subtropicais do Norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia, sendo a sua existência reportada desde 2011 no distrito de Viana do Castelo.

A destruição dos ninhos ocorre sempre quando cai a noite, período em que as vespas fundadoras estão no interior das colmeias.