Critérios a ter em conta na escolha do prazo
Critério 1: aprovação do crédito
Se pretender um prazo de maturidade reduzido o crédito é aprovado? Sim ou não?
Se sim: esta pode ser uma opção, mas será que é a melhor escolha?
Se não: deixa de ser uma opção o prazo mais curto e temos que optar por um prazo mais alargado.
Critério 2: qual é a finalidade do crédito?
Poderá pretender um crédito pessoal para diversas situações, nomeadamente:
- Comprar carro?
- Fazer obras na habitação?
- Consolidar créditos?
- Pagar os estudos?
- Comprar Casa
- outros
A finalidade do crédito é um fator decisivo na escolha do prazo, uma vez este será associado ao objetivo do crédito e ao bem ou serviço que irá adquirir com ele.
Exemplo 1: crédito para comprar carro
A compra de um automóvel é um bom exemplo em como a finalidade do crédito anda de mãos dadas com o prazo. Neste caso específico, normalmente o comprador deseja associar o crédito ao prazo da garantia do carro, para quando acabar a garantia, caso pretenda, comprar um carro novo para voltar a ter a garantia e nunca ter grandes preocupações de manutenção.
Os créditos que garantem esta possibilidade ao cliente são o leasing ou o ALD.
Exemplo 2: obras em casa
Se estivermos a analisar uma situação em que a finalidade do crédito passe pela realização de obras na habitação, no caso de serem obras profundas, talvez a melhor opção seja associar o crédito à vida útil das melhorias que efetuou na habitação.
Possivelmente nos próximas 30 anos, não volta a aumentar a sala de estar, ou deixa de ter três quartos para passar a ter um quarto e uma suite, por isso o ideal é optar por um prazo mais dilatado no tempo.
Outros exemplos
Estudar
Se estivermos a falar de crédito para estudar, o ideal será um prazo mais longo, pois durante o período em que está a estudar o seu rendimento tende a ser inferior, e prevê que quando acabar o curso, vai conseguir obter um maior rendimento no mercado de trabalho.
Atualmente já existem créditos específicos para esta finalidade.
Consolidar créditos
Se é este o seu objetivo, também aqui é ideal que o prazo seja o mais alargado possível, de forma a conseguir uma taxa de esforço reduzida. Com uma taxa de esforço baixa, estará a reduzir o risco de eventuais incumprimentos e a aumentar a sua capacidade de poupança. Com a poupança obtida, a longo prazo, poderá amortizar o crédito.
Critério 3: Taxa de Esforço
A taxa de esforço de todos os seus créditos nunca deve ultrapassar os 50% do seu rendimento líquido. O que se pretende é que fique com margem no seu orçamento mensal e familiar para conseguir fazer uma poupança e enfrentar quaisquer imprevistos que possam surgir. Existe um cálculo específico para determinar a taxa de esforço de um crédito. Veja aqui como é calculada e experimente calcular a sua.
Conclusão
Antes de responder à questão “curto ou longo?” no que diz respeito a créditos, tenha todos estes critérios e exemplos em conta, mas pense também na percentagem de qualidade de vida de que está disposto a abdicar. Faça sempre os possíveis para não sobrecarregar o seu orçamento mensal e garanta sempre que consegue fazer face a quaisquer imprevistos. Se assim for, o prazo não terá um peso assim tão grande na sua decisão e na sua qualidade de vida.
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