A vida são dois dias, diz a máxima popular, mas a verdade é que à medida que os anos passam, começamos a desejar que ela seja mais longa. E parte da concretização desse desejo está nas nossas próprias mãos. Aquilo que fazemos no nosso dia a dia, condiciona definitivamente o nosso futuro.

Ora veja, o que pode ser considerado um mau hábito para a sua longevidade:

Negligenciar os amigos

De acordo com pesquisa realizada pela Brigham Young University e pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, a solidão encurta a vida e é tão prejudicial como fumar 15 cigarros por dia. Pessoas idosas, com grandes círculos de amigos, têm mais 22 por cento de probabilidade de morrer mais tarde, pois irrigam o seu cérebro com afetos e conversas.

Passar muito tempo sentado

Sabia que estar sentado três horas por dia pode significar ao todo menos dois anos de vida? Um pesquisador australiano publicou no British Medical Journal que o exercício habitual não dilui os efeitos negativos de estarmos muito tempo sentados. Outro estudo publicado no JAMA Internal Medicine descobriu que ficar sentado por mais de 11 horas por dia aumenta o risco de morte em 40 por cento, em comparação a sentar-se menos de quatro horas por dia. Está na hora de sair da cadeira, literalmente.

Ficar em frente à TV

Ver duas horas de televisão seguidas por dia pode levar a um aumento do risco de morte prematura, doenças do coração e a diabetes tipo 2, de acordo com os pesquisadores de Harvard. Os efeitos negativos de ver televisão parecem sobrepor-se aos potenciais efeitos negativos de sentar muito. De acordo com o New York Times, "cada hora de televisão assistida após os 25 anos reduz a expectativa de vida do espectador de 21,8 minutos."

Comer muito junk food

Parece óbvio e é, mas a verdade é que insistimos em abusar do fast food. A vida não para e a comida rápida parece a solução mais fácil. Mas as repercussões dessa situação são conhecidas de todos. Comer carne vermelha em proporção exagerada pode encurtar a expectativa de vida em até 20 por cento, situação que é potenciada se não comer vegetais.

Estar sem emprego

Estar desempregado pode aumentar o risco de morte prematura em 63 por cento, de acordo com pesquisadores canadenses que analisaram 40 anos de dados de 20 milhões de pessoas em 15 países. Outros estudos mais específicos sobre as taxas de mortalidade feminina descobriram que "os dois fatores mais associados a maiores taxas de mortalidade foram fumar e não ter emprego." Outro estudo descobriu que as pessoas mais velhas que perderam os seus empregos durante a recessão viram a sua expectativa de vida cair em até três anos. Fazer viagens longas Deslocamentos de cerca de uma hora aumentam o stress e têm sido associados com os mesmos efeitos negativos que estar muito tempo sentado. É que longos trajetos implicam estar muito tempo fechado num carro sem fazer nada. De acordo com pesquisadores da Universidade de Umeå, da Suécia, esta situação é mais acentuada no sexo feminino, mas ainda não se descobriram as causas.

Não atingir o orgasmo

Estudo americano que incidiu sobre homens indicia que a falta de orgasmo por longos períodos de tempo pode causar um aumento de 50 por cento de probabilidade de morte do que aqueles que têm orgasmos frequentes. Este resultado foi encontrado mesmo após o controle para fatores como idade, tabagismo e classe social. No espectro oposto, orgasmos têm sido associados a alguns benefícios adicionais de saúde.

Ter um mau ambiente de trabalho

De acordo com pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, aqueles que relataram sentimentos de baixo apoio social no trabalho foram 2,4 vezes mais propensos a morrer durante o período de estudo. Contudo os sentimentos de encorajamento vindo de chefes e gerentes não parecem afetar a expectativa de vida dos sujeitos.

Sono

Pesquisa da Harvard Medical School indica que a expectativa de vida diminui significativamente em indivíduos que dormem menos de cinco ou mais de nove horas de sono por noite. A falta de sono está associada a um maior risco de doença cardiovascular, diabetes, alguns tipos de cancro, demência, problemas cognitivos e de memória, aumento de peso e morte prematura. E algumas pesquisas mostram que muito (de forma dramática, extraordinariamente muito) sono pode ser problemático também. A pesquisa mostrou também que precisamos de uma média de oito horas para funcionar em condições ótimas.

Medo da morte

Este é um paradoxo doloroso. O medo de uma expectativa de vida mais curta, ou Thanatophobia, pode causar uma vida útil de facto mais curta. Um estudo de 2012 sobre pacientes com cancro publicado na Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA acabou por descobrir que "a expectativa de vida era menor em pacientes com ansiedade em relação à morte". Um intenso medo da morte também pode levar a um período de três a cinco vezes aumento do risco de doenças cardiovasculares, de acordo com pesquisa sobre os americanos que temiam a morte face a outro ataque terrorista após o 11 de setembro de 2001.