Cerca de 57% dos participantes num inquérito sobre o impacto da pandemia de COVID-19 no sistema de ensino português não concordam com a reabertura das escolas no ensino secundário no mês de maio, segundo um estudo hoje divulgado.
O ministro da Economia confirmou hoje que as aulas presenciais no 11.º e 12.º anos arrancarão em 18 de maio, data em que reabrirão as creches, enquanto no final do mês será avaliada a possibilidade de reabrir o ensino pré-escolar.
A UNESCO, a UNICEF, o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Banco Mundial divulgaram hoje diretrizes sobre a reabertura segura de escolas face à pandemia de covid-19 que afetou quase 1,3 mil milhões de estudantes em todo o mundo.
A Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) considerou hoje “precoce e imprudente” a eventual reabertura das aulas presenciais dos alunos que frequentam o 11.º e 12.º anos de escolaridade, a partir de 18 de maio.
Cerca de 1.300 milhões de alunos no mundo estão afetados pelo encerramento dos estabelecimentos de ensino, indicam os dados mais recentes da UNESCO, que se congratulou hoje com a “reabertura progressiva” das escolas e universidades em vários países.
As Forças Armadas já iniciaram as operações de higienização das escolas que poderão reabrir para receber alunos 11.º e 12.º anos e o processo deverá ficar concluído dentro das próximas semanas, afirmou hoje o ministro da Defesa Nacional.
As universidades e politécnicos estão a preparar a retoma das atividades presenciais, mas apenas das disciplinas em que esse regresso seja imprescindível e, por isso, alguns cursos poderão continuar a funcionar em regime de ensino à distância.
As creches e jardins-de-infância garantem estar preparados para reabrir já em maio, mas alertam que continuam sem receber quaisquer orientações técnicas da Direção-Geral da Saúde (DGS), lamentou a presidente de uma associação representativa do setor.
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, revelou hoje que a desinfeção de escolas encerradas devido à pandemia da COVID-19, para a retoma das aulas, arranca esta quarta-feira, faseadamente, em “vários sítios” do país.
As regras de funcionamento das escolas, depois da retomadas as aulas presenciais para os alunos do 11.º e 12.º anos, que poderá acontecer a 18 de maio, ainda estão a ser estudadas, adiantou hoje a diretora-geral da Saúde.
Os diretores escolares já estão a ser contactados pelas Forças Armadas para organizar as ações de higienização das escolas que abram para receber os alunos do 11.º e 12.º anos, revelou um representante dos diretores.
Os diretores escolares alertaram hoje para a urgência em conhecerem regras de funcionamento das escolas durante a pandemia, tais como o número de alunos por sala, para poderem organizar o recomeço das aulas presenciais.
O Movimento Escolas Sem Amianto (MESA) e a Associação Ambientalista Zero pedem que a paragem do ano escolar decretada pelo governo por causa da pandemia de covid-19 seja aproveitada para remover o amianto das escolas.
Os alunos do último ano no ensino médio e básico voltaram hoje a ter aulas presenciais na China, ao fim de dois meses de encerramento das escolas, devido às medidas de prevenção contra a propagação do novo coronavírus.
Portugal ainda não atingiu os objetivos nacionais para a educação assumidos na estratégia Europa 2020, mas estava, no final de 2019, mais próximo do que no ano anterior, segundo o Eurostat.
Os problemas de segurança do programa de videoconferência utilizado na plataforma para aulas ‘online’ da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) já foram resolvidos, assegurou hoje a fundação.
As escolas de acolhimento podem agora receber mais alunos, desde filhos de funcionários da ASAE, de intérpretes de língua gestual ou de funcionários das escolas que entretanto reabram, revelou hoje a secretária de Estado da Educação.
O Ministério Público abriu um inquérito para averiguar entradas ilícitas em plataformas de ensino online, numa das quais foi apanhado um jovem de 20 anos a quem a Polícia Judiciária eliminou todas as contas em redes sociais.
A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) pediu hoje que as aulas do programa #Estudo Em Casa, que arrancou na segunda-feira na RTP Memória, incluam audiodescrição para os alunos cegos.
A Federação Nacional da Educação (FNE) alertou hoje para a necessidade de começar a preparar o eventual regresso dos alunos às escolas, de forma a determinar e assegurar as condições de trabalho dos trabalhadores não docentes.
A RTP transformou um dos seus estúdios numa sala de aula para as gravações das aulas que vão chegar aos alunos do básico através da televisão e os professores já se começaram a habituar às câmaras.
O acesso a refeições nas escolas enquanto durar o seu encerramento para aulas presenciais vai também passar a ser assegurado para o escalão B da ação social escolar, adiantou hoje o secretário de Estado da Educação, João Costa.
O primeiro-ministro agradeceu hoje o “esforço extraordinário” dos professores que estão a manter o ensino à distância, durante a pandemia de covid-19, elogiando também o projeto da RTP que vai levar as aulas aos alunos através da televisão.