“Os algoritmos de trabalho e de encaminhamento têm estado a ser revistos nos últimos dias, nas últimas horas, e acabaram de ser revistos pela Serviços Partilhados [do Ministério da Saúde] e pela Direção-Geral da Saúde e estimamos que nas próximas horas possamos estar com um algoritmo diferente na linha que permita uma maior fluidez do encaminhamento”, disse Marta Temido em declarações à agência Lusa no Ministério da Saúde.
No entanto, advertiu, com o número crescente de novos casos de covid-19, “as melhorias, provavelmente, vão sentir-se muito ligeiramente”.
“Sabendo que neste momento os níveis de serviço não são aqueles que prestávamos e a que a Linha Saúde 24 nos habituou, temos que ter a perceção de que neste momento estamos com largos milhares de contactos a acontecerem ao mesmo tempo e que isso gera sobrecarga”, salientou Marta Temido.
A ministra recordou que “já na semana passada, alguns dias antes do Natal”, a operadora da Linha Saúde 24 (808 24 24 24) começou a sentir “uma elevada pressão” na utilização do serviço por parte de pessoas que tiveram contacto com um caso covid-19 ou um caso suspeito e que procuram a linha para saber o que devem fazer.
Segundo Marta Temido, já nessa altura começou a ser feito o reforço da Linha Saúde 24, que já estava previsto para esta altura, mas que foi intensificado com “a contratação de mais pessoas para reforçar o número de operadores disponível, quer pelo alargamento dos perfis dos operadores que podem fazer atendimento e emitir a prescrição de testes”, bem como a abertura de novos locais de atendimento deslocalizados no país, nomeadamente em Beja e Coimbra.
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Sobre o recrutamento de recursos humanos para a realização de inquéritos epidemiológicos, adiantou que as Administrações Regionais de Saúde estão no terreno a fazer uma “procura ativa de meios”.
“O que neste momento acontece é que temos vários níveis de procura de prestadores de cuidados de saúde, na vacinação, nos hospitais, nas áreas dedicadas a doentes respiratórios, nos testes, na Linha Saúde 24, nos rastreios e, portanto, os profissionais de saúde não cresceram exponencialmente à medida que está a crescer exponencialmente a necessidade dos serviços que prestam”, lamentou Marta Temido.
Por isso, salientou, “não basta ter disponibilidade para contratar é preciso também que essa disponibilidade se concretize em respostas efetivas e isso nem sempre é fácil”.
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