“A partir de dia 01 de novembro, a unidade está autorizada a receber doentes”, afirmou à agência Lusa João Marques, referindo que “questões burocráticas e o interesse, por razões logísticas e orçamentais, que a abertura ocorresse no início do mês” impediram a entrada em funcionamento ainda em outubro, como inicialmente previsto, disse esta segunda-feira o provedor da instituição.

Na quarta-feira, às 11:00, a Unidade de Cuidados Continuados Integrados acolhe a cerimónia de assinatura do acordo para a unidade de longa duração e manutenção que permite a abertura do espaço.

Está prevista a presença do presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, da diretora do Centro Distrital de Leiria do Instituto da Segurança Social, Maria do Céu Mendes, e do provedor da Santa Casa.

Segundo uma nota de imprensa da instituição, a abertura desta valência visa “criar condições para pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência, que necessitem de cuidados clínicos, de manutenção e de apoio psicossocial, em regime de internamento de longa duração”.

“Tem como objetivo contribuir para o bem-estar e qualidade de vida da pessoa, proporcionando-lhe cuidados conducentes à estabilização clínica, à preservação e retardamento da situação de dependência”, acrescenta a Misericórdia.

O acordo contempla 30 das 32 camas do espaço, referiu João Marques, expressando contentamento pelo culminar deste processo.

“Depois do esforço financeiro que fizemos, temos a satisfação de vermos uma obra que realizámos ser, finalmente, usada para os fins a que se destina, que é dar condições às pessoas que precisam destes cuidados”, declarou.

O provedor da Misericórdia adiantou que a obra “estava concluída desde o início de 2013”, mas “faltava a questão financeira”, destacando a importância do investimento para o concelho.

“É importante de duas formas: dá uma resposta social ao nível da saúde em Pedrógão Grande e na região, e permite a criação de 25 postos de trabalho, o que já é alguma coisa neste concelho”.

A obra – instalações, equipamento e arranjos exteriores – teve um custo de cerca de dois milhões de euros e contou com um financiamento de 630 mil euros do Ministério da Saúde, tendo a Misericórdia recorrido a um empréstimo para poder concretizar o investimento.

“Mantemos uma dívida de um milhão de euros à banca e temos uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que, se fosse aprovada, permitiria à misericórdia reduzir o endividamento”, continuou João Marques.

A Misericórdia de Pedrógão Grande tem as valências de lar, centro de dia, apoio domiciliário, creche, jardim-de-infância e cantina social.