A comissão, o braço executivo do bloco europeu, recomendou originalmente que a licença para o glifosato fosse renovada por 10 anos, mas enfrentou um crescente alvoroço pelos supostos perigos do uso deste herbicida, que alguns temem que possa causar cancro.

A mudança ocorreu um dia antes dos 28 Estados membros da UE votarem sobre a renovação da licença do glifosato na Europa e poucas horas depois do Parlamento Europeu aprovar uma resolução não vinculante pedindo que o produto químico fosse banido até 2022.

Esta decisão visa reunir "o maior número possível" de estados-membros na votação programada para quarta-feira, em Bruxelas, no comité de peritos responsável pelo processo, disse o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, durante uma conferência de imprensa em Estrasburgo.

O executivo europeu queria dar uma "margem" ao seu representante para "estruturar" o maior apoio possível "a um período de renovação de cinco a sete anos".

Os críticos do glifosato, liderados por ativistas ambientais da organização Greenpeace, pedem uma proibição definitiva na Europa e entregaram, na segunda-feira, à UE uma petição assinada por mais de 1,3 milhões de pessoas em apoio a esse movimento.

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