
A pegada de carbono provocada pelo turismo é impulsionada em grande parte pela procura de viagens aéreas com gasto intensivo de energia, relatam os investigadores na revista científica Nature Climate Change. "O turismo deve crescer mais rápido do que muitos outros setores económicos", com projeções de receita com aumentos de 4% ao ano até 2025, observou a autora principal, Arunima Malik, investigadora da escola de negócios da Universidade de Sidney.
Manter a poluição de carbono do setor sob controlo provavelmente exigirá mais impostos sobre o carbono ou sistemas de comercialização de CO2 para a aviação, concluíram os pesquisadores.
Como nas décadas passadas, os Estados Unidos são o maior emissor de carbono relacionado com o turismo e outros países ricos - Alemanha, Canadá e Reino Unido - também estão entre os dez primeiros.
Outros países do Top 10
As economias emergentes, com as suas crescentes classes médias, subiram no ranking, com a China em segundo lugar e Índia, México e Brasil, em quarto, quinto e sexto, respetivamente.
As viagens internacionais envolvendo voos de longa distância estão entre os setores que crescem mais rápido e podem ameaçar os esforços para controlar a poluição por carbono. O número total de passageiros aéreos deverá duplicar até 2036, para 7,8 mil milhões por ano, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
A indústria da aviação representa quase 2% de todas as emissões de CO2 geradas por humanos. "Vemos um crescimento muito rápido da demanda turística da China e da Índia nos últimos anos, e também esperamos que essa tendência continue na próxima década", disse à AFP Ya-Sen Sun, professor da escola de negócios da Universidade de Queensland, na Austrália, e coautor do estudo.
As viagens internacionais são responsáveis por um quarto das emissões de carbono relacionadas com o turismo. Com apenas um grau de aquecimento até agora, a Terra viu um crescendo de secas, ondas de calor e tempestades aumentadas pela elevação dos mares.
Comentários